Os membros do Conselho Deliberativo do Treze decidiram por unanimidade pela antecipação das eleições para a Diretoria Executiva do clube, visando o triênio 2026–2028. Arthur Bolinha havia anunciado sua renúncia ainda no decorrer do Campeonato Brasileiro Série D, quando o Alvinegro fazia uma campanha ruim. Mas ele permaneceu no cargo a pedido do presidente do Conselho, Anatólio Chaves. Agora, Bolinha deve deixar a gestão do clube ao fim do processo eleitoral, no início de outubro
“Os conselheiros entenderam que a antecipação não prejudicaria o clube; pelo contrário, vai facilitar a montagem do elenco da temporada 2026. Assim, todos votaram para que o processo eleitoral se inicie o mais breve possível. Como presidente do Conselho Deliberativo, já estou preparando o edital de convocação das eleições. O pleito deve ocorrer no dia 5 de outubro”, destacou Anatólio.
Aumento da Série D
Neste momento, o possível aumento da quantidade de clubes participantes da Quarta Divisão para 2026 está travado. Conforme o ge.globo, a maioria dos 64 clubes, já garantidos na competição, não apoiaram a inserção de mais 32 times, o que ampliaria para 96. No modelo sugerido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cada estado receberia mais uma vaga.
Diante do cenário em que os clubes argumentam que seria injusto com aqueles já classificados (inclusão de novos times às vésperas do torneio se iniciar), a CBF deve adiar a mudança para 2027. As novas vagas, então, deverão ser previstas nos Estaduais de 2026 ou serão cedidas via ranking. A forma de ingresso ainda deve ser definida pela entidade máxima do futebol.
Independentemente do que acontecer, o presidente do Campinense, Flávio Torreão, descartou a possibilidade de o clube não ter calendário nacional nos próximos dois anos. “Não trabalhamos com essa hipótese. Se o aumento ocorrer via ranking, a vaga será um direito nosso. Mas também, se for preciso, conquistaremos um lugar na Série D dentro de campo. Eu não tenho dúvidas disso”, disse.
A diretoria do Treze ainda tem a expectativa que o aumento de clubes para a Quarta Divisão ocorra já para o próximo ano. Além disso, defende que a adesão de novos times seja via classificação final dos campeonatos estaduais. Isso garantiria ao Galo calendário no segundo semestre de 2026, uma vez que foi o quarto colocado no Paraibano, e os três primeiros já estão confirmados em competições nacionais (Botafogo, Sousa e Serra Branca).
“A mudança ajudaria bastante. Diante de um Estadual enxuto, jogar a Série D ajudaria na montagem do elenco. Quando se joga só o Paraibano, a cobrança é menor. Jogar o Brasileiro daria ao futuro presidente a possibilidade de ter um elenco forte”, afirmou Anatólio Chaves.
Campinense
Após ser eleito presidente da Diretoria Executiva do Campinense para o biênio 2026–2027, Flávio Torreão negocia com nomes de peso para assumir o comando técnico da Raposa. O principal deles é Evaristo Piza, de reconhecido trabalho à frente do Botafogo. O dirigente do Rubro-Negro e o treinador estão com conversas avançadas, e um desfecho pode ocorrer nos próximos dias.
“Eu quero entender um pouco mais do projeto. A gente vem conversando. O clube só tem o Estadual, com a possibilidade de herdar uma vaga caso haja aumento do número de times na Série D [se via ranking, uma vaga poderia ser da Raposa]. Isso é uma hipótese, nada de concreto. Estamos vendo como eu posso colaborar. Qual é a ideia de me levar? Seria potencializar a busca de título? Como vai ser a montagem do elenco e orçamento? Conversamos para entender se podemos brigar de verdade com as outras equipes”, destacou Piza ao canal PB Esportes, em live no YouTube.
“O Serra Branca tem uma boa organização e planejamento. O Sousa sempre monta bons times. O Botafogo, onde eu estava, promete fazer um investimento nunca visto no estado da Paraíba para buscar esse título. O Treze também sempre está ali. Tenho que entender qual que vai ser a ideia do Campinense. Mas estamos próximos de um desfecho”, completou o treinador.
Flávio Torreão também participou da live em que Piza falou sobre as negociações. O presidente raposeiro destacou que não podem existir precipitações. “A conversa precisa acontecer de uma maneira séria, exaurindo todo tipo de dúvida, para que os acertos sejam feitos da melhor maneira possível. O Campinense tem um leque de opções, mas a nossa conversa com o Piza acabou por ser uma prioridade”, explicou ao PB Esportes.
“Temos um projeto, de fato, arrojado para 2026. A gente precisa ter um treinador à altura do Campinense, um treinador que represente bem os projetos que nós defendemos e buscamos realizar na próxima temporada. De toda forma, eu tranquilizo o torcedor rubro-negro: se não tivermos Evaristo Piza, teremos outro treinador à altura do nosso clube. A ideia é que nós possamos voltar a ser o grande Campinense”, completou Torreão.
O grupo vencedor das eleições do último domingo (14) conta com Flávio Torreão como presidente, William Simões como vice-presidente, Welington Monteiro como diretor administrativo e financeiro, Nelson Gomes Filho como diretor de patrimônio e Marconi Rocha como diretor de futebol. De acordo com o chefe da Diretoria Executiva, as decisões tomadas têm a colaboração e anuência de todos esses nomes.
Com novas perspectivas, o torcedor raposeiro sonha em retornar às competições nacionais, algo que não ocorre desde 2023, quando disputou a Série D do Campeonato Brasileiro. Desde então, o clube não conseguiu fazer boas campanhas no Estadual, ficando sem atuar no segundo semestre de 2024 e 2025. Até o momento, para 2026, a agremiação só disputará o Paraibano, o que pode mudar com um possível aumento de clubes na Quarta Divisão e com a adesão dos novos participantes sendo via ranking da CBF.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 19 de setembro de 2025.