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Copa do Nordeste pode sofrer mudanças a partir de 2018

publicado: 28/04/2016 00h05, última modificação: 28/04/2016 07h31
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Diferente da temporada deste ano, quando 20 equipes foram selecionadas, a Copa do Nordeste poderá ter 12 times - Foto: Divulgação

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Redução para 12 participantes, disputa de turno único em pontos corridos para definir semifinais e adeus aos estaduais. Essas são as principais mudanças que os clubes cogitam para a Copa do Nordeste e estudam pôr em prática a partir de 2018. Eles se reuniram recentemente no Recife e firmaram o compromisso de brigar contra o prejuízo financeiro e, sobretudo, o desgaste gerado pelo atual calendário.

O Ceará seria o principal beneficiado com a mudança. Para garantir os grandes, Nordestão estuda ‘canetada’ em vagas e conversa com CBF. Na linha de frente, estão Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza. O Sport é um dos que assumiram a liderança no assunto.

No encontro realizado na capital pernambucana, o time da Ilha do Retiro apresentou estudo que mostra ter percorrido mais de 40 mil km em todo o último Brasileiro. O Goiás, o segundo que mais viajou, acumulou 18 mil km na competição.

Esse desgaste é agravado por um cenário comum a todos: a maioria chega hoje com mais de 20 jogos ao final de abril. Por isso, um dos objetivos é deixar de disputar os campeonatos locais com o passar do tempo.

Primeiramente, a briga com as federações, que, inclusive, se encontraram na última segunda-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, com essa pauta. Depois, os contratos de TV ainda em vigência dos estaduais - na Bahia, ele se encerra em 2020, enquanto que no Ceará e em Pernambuco, em 2018, por exemplo. E, por fim, o receio de que parte dos clubes recue por pressão nos bastidores.

Para aliviar o calendário e valorizar o seu principal produto, a proposta ainda inicial que se encontra na mesa é a seguinte: 12 clubes se enfrentando em turno único, semifinais e final. O cálculo é de que o número de partidas sem os estaduais nos primeiros meses do ano seria derrubado praticamente pela metade.

Com acordos televisivos ainda a serem cumpridos, uma alternativa para os dissidentes seria deixar de disputá-los com seus times principais. Entre outros motivos, porque a carga de pressão por vaga nos campeonatos locais seria reduzida. O novo formato do Nordestão teria também como novidade a criação das Séries A e B.

Em sua primeira temporada, a Série A teria os seus participantes escolhidos a partir do ranking da CBF. Na B, os estaduais serviriam como critério para acesso a cada ano. Seria uma reviravolta para as federações, que perderiam força.

O discurso dos clubes é de que o Nordestão não pertence a elas, portanto, não existe motivo para temer um mal-estar. As filiadas defendem que o formato ideal com 16 clubes teria os nove campeões estaduais e os sete melhores do ranking de cada federação e não da CBF.