Corinthians segue com uma grande vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro (sete pontos) mesmo depois de perder o clássico contra o Santos, mas o desempenho no segundo turno deixa a desejar e levanta dúvida sobre a briga pelo título. Depois de três derrotas e apenas uma vitória, o Timão tem a terceira pior campanha da metade final da competição nacional, superando apenas Coritiba, com dois pontos, e Sport, com um.
São apenas três pontos somados, fruto da vitória sobre a Chapecoense, em Santa Catarina. A equipe dirigida pelo técnico Fábio Carille perdeu em casa para Vitória e Atlético-GO e no último domingo foi batida no clássico diante do Santos, na Vila Belmiro.
Se em 19 rodadas a defesa sofreu apenas nove gols, agora são quatro em quatro partidas. O desempenho do ataque também é bastante diferente. Foram 32 gols no primeiro turno contra apenas um da parte final do torneio. Ou seja, o Timão ficou três jogos sem marcar.
Apesar do desempenho abaixo do esperado, o Corinthians tem conseguido sustentar uma boa diferença de pontos para o Grêmio, seu principal perseguidor na tabela.
Os gaúchos estão apenas em 15º no segundo turno, com quatro pontos, um acima do Timão. A diferença, que era de oito pontos ao final da primeira metade da competição, caiu para sete. O Santos, terceiro no geral, aparece em nono, com cinco pontos – nove atrás no total.
O líder do segundo turno é o Avaí, com dez, seguido pelo Botafogo, com nove. Cruzeiro, Atlético-MG, Vitória e Vasco aparecem logo abaixo, todos com sete.
Pressão
O empate por 2 a 2 contra a Ponte Preta, resultado que o manteve na zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, esquentou ainda mais os bastidores do São Paulo. A pressão sobre a diretoria já é enorme, principalmente para a contratação de um coordenador técnico. A corrente a favor de um profissional com experiência no futebol para auxiliar o departamento é grande há tempos e aumentou ainda mais com o resultado inesperado.
Hoje, haverá um novo encontro do Conselho de Administração e o assunto deve ser pauta novamente. No órgão, há membros favoráveis, enquanto outros são cautelosos. Pressionado, o presidente Leco se mostra contrário, mas aliados acham que ele pode repensar caso o time continue afundado na crise.
O diretor executivo Vinicius Pinotti também recebe críticas no clube. Já há quem peça a cabeça do técnico Dorival Júnior, que ainda não conseguiu os resultados esperados em sua contratação. Após 11 jogos, mesmo números do antecessor Rogério Ceni, Dorival tem retrospecto ligeiramente melhor, mas sofreu quase o dobro de gols. Foram três vitórias, quatro empates e quatro derrotas, contra três vitórias, dois empates e seis derrotas de Ceni.