As atenções dos torcedores paraibanos hoje estão voltadas para os Estádios Pacaembu, em São Paulo, onde o Botafogo-PB joga a partir das 21h contra a Portuguesa-SP; e Marizão, mais cedo, quando o Sousa recebe o Bragantino, às 19h, ambos válidos pela primeira fase da Copa do Brasil de 2025, com decisão da vaga para a sequencia da competição durante os 90 minutos, além dos acréscimos; ou nas penalidades, caso não tenha vencedor no tempo regulamentar, diferente do ano passado quando o visitante tinha direito ao empate. Os dois jogos serão acompanhados pela equipe de esportes da Rádio Tabajara. Tanto Botafogo como Sousa já receberam R$ 830 mil como cota pela primeira fase e se avançarem ganham mais R$ 1 milhão, valor destinado a clubes integrantes das Séries C e D ou fora delas.
O Botafogo, que este mês virou uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), sonha alto com a temporada e quer fazer bonito logo, em jogo único da Copa do Brasil, afinal é o clube paraibano com mais participações, sendo esta a 19a, contabilizando nesse período apresentações de destaque, como em 2016 quando chegou às oitavas de final, sendo eliminado pelo Palmeiras e, três anos depois, chegando à terceira fase, caindo para o Londrina. E teve jogos épicos como, em 1998, quando empatou em 3 a 3 com o Flamengo, no Almeidão, mas perdeu na volta, no Maracanã por 2 a 1. Mas a história revela outros com desempenhos frustrantes para a grande torcida como as goleadas para o São Paulo por 10 a 0, na competição de 2001, no Morumbi, e também por de 7 a 0 para o Vasco, em São Januário, na edição de 2006. A Copa do Brasil começou em 1989, e o primeiro representante do estado foi o Botafogo que teve dois confrontos com o Cruzeiro, sendo o primeiro de 0 a 0, no Mineirão, e o segundo de 1 a 1, no Almeidão, com o gol marcado fora, sendo critério de desempate. Outro fato curioso nessas participações do Belo aconteceu, em 1998, quando herdou a vaga do Confiança, campeão estadual de 1997, que havia abdicado da disputa por falta de condições financeiras para montar um elenco de qualidade. O Belo perdeu, no Almeidão, para o Bahia por 3 a 2, mas ganhou na Fonte Nova, por 2 a 1, porém o critério de gols marcados fora definiu o time baiano como classificado.
Portuguesa
De acordo com o conselheiro Raimundo Nóbrega, Botafogo e Portuguesa paulista nunca se enfrentaram, nem na época do Campeonato Brasileiro das décadas de 80 e 90. A ligação histórica fica por conta do ídolo do final da década de 60, Nininho, que chegou a fazer testes na Lusa, em 1968, naquela época dirigida por Filpo Núñez, mas não foi aprovado nos exames médicos, embora tenha empolgado tecnicamente. Ele sofria com problemas de hemorróidas e uma cirurgia no ano seguinte interrompeu a sua vida, vítima de um choque anafilático.
O Botafogo está garantido nas semifinais do Paraibano e joga nos dias 8 e 15 de março contra o Treze por vaga na final da competição. Já a Portuguesa ficou na fase de grupos do Paulista e não obteve classificação, sendo a última colocada no Grupo B.
Um trio do Rio Grande do Sul comanda a partida, com Jonathan Benkenstein Pinheiro no apito e as assistências de Lucio Beiersdorf Flor e Mauricio Coelho Silva.
Sousa x Bragantino
Para o Sousa, o jogo de hoje às 19h, no Marizão, tem caráter de revanche. As duas equipes enfrentaram-se na terceira fase do ano passado. No primeiro encontro, disputado no Marizão, houve empate de 1 a 1, no dia 1o de maio e vitória da equipe paulista, no dia 21 de maio, por 3 a 0, no Estádio Nabi Abi Chedid. O Dinossauro constituiu-se a grande surpresa dessa edição pelo fato de ter eliminado, na primeira fase, o Cruzeiro, maior vencedor da competição com seis conquistas, por 2 a 0, no Marizão, com gols de Danilo Bala aos 43 e 49 minutos do segundo tempo. Na segunda fase, o campeão paraibano de 2024 passou pelo Petrolina com vitória de 1 a 0, também no Marizão, gol de Diego Ceará.
No Campeonato Estadual, o Sousa está garantido nas semifinais e disputa vaga na final contra o Serra Branca, nos dias 9 e 16 de março. Já o Bragantino chegou às quartas de final do Paulistão e vai enfrentar o Santos, no próximo dia 2, na Vila Belmiro.
Essa é a sexta participação do Sousa na competição mais democrática do Brasil. A primeira aconteceu em 1995 — foi campeão paraibano em 1994 — e teve como adversário o Flamengo. No primeiro jogo, realizado no Almeidão, o time carioca venceu por 1 a 0, e repetiu o placar no jogo de volta na Gávea. Em 2008, perdeu de 4 a 1 para o Vitória, no Marizão, dando adeus na primeira fase. Outra boa participação, e sem trauma na eliminação, foi em 2010 quando perdeu no Marizão para o Vasco por 2 a 1, mas empatou sem gols, em Januário. Na competição de 2013 perdeu logo na primeira fase, em casa, para o Coritiba por 3 a 0. Em 2022, foi eliminado na primeira fase pelo Goiás, no empate de 1 a 1, resultado que beneficiava a equipe de melhor ranking.
Sousa e Bragantino terá um trio goiano comandado por Caio Max Augusto Vieira e nas assistências Leone Carvalho Rocha e Tiego Henrique dos Santos Braga. O quarto árbitro será o paraibano Tiago Ramos de Oliveira e o analista de campo Miguel Felix de Oliveira.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 27 de fevereiro de 2025.