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Fifa sorteia grupos da Copa e Brasil conhece adversários

publicado: 30/11/2017 19h05, última modificação: 30/11/2017 19h17
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O ex-jogador Fórlan, do Uruguai, participou na quarta-feira da simulação do sorteio - Foto: Reuters

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Globoesportes

Nesta sexta-feira (1º), a partir das 13h (horário de Brasília), acontece o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A jornalista russa Maria Komandnaya será a apresentadora ao lado do ex-jogador inglês Gary Lineker no evento que acontece no palco do Kremlin Palace, em Moscou. O Brasil será representado no sorteio pelo ex-jogador Cafu. As regras já foram definidas desde o início da semana. Além de confirmar que representantes da mesma confederação não podem cair no mesmo grupo, ela determinou que ao menos uma e não mais do que duas das 14 seleções europeias estarão em cada uma das oito chaves de quatro. Isso quer dizer que a Seleção Brasileira enfrentará obrigatoriamente uma equipe da Uefa, podendo ser do pote 2, 3 ou 4.

As outras duas regras impactam menos na disposição das seleções: A Rússia entra na posição A1, os demais cabeças de chave serão sorteados na primeira posição dos grupos restantes, e as seleções dos potes 2 a 4 entram randomicamente nas outras colocações conforme a retirada das bolinhas. Os potes serão sorteados na ordem do 1 até o 4. No anúncio das regras, a Fifa também confirmou a mecânica do sorteio. Serão quatro potes com oito bolinhas cada, com as seleções separadas de acordo com a posição no ranking da Fifa de outubro passado. E outros oito recipientes com posições de 2 a 4 para serem montadas a ordem dos confrontos na tabela.

No fim das contas, as regras anunciadas determinam que necessariamente seis grupos da Copa terão duas seleções europeias, e as outras duas chaves restantes terão apenas um representante da Uefa. Na última quarta-feira foi feita uma simulação do sorteio e o Brasil caiu num grupo com Dinamarca, Inglaterra e Marrocos.

Ingressos

A Fifa divulgou uma nova parcial da venda de ingressos para a Copa do Mundo. Após o fim da primeira fase de vendas, encerrada nessa terça-feira (28), a entidade anunciou que 742.760 entradas foram comercializadas para o Mundial do próximo ano, na Rússia. Esta estatística leva em conta apenas solicitações que tiveram pagamento concluído com sucesso. O país com maior número de pedidos de ingressos foi justamente a Rússia, com 53% das solicitações. Entre os outros 47%, os países que mais tiveram processos concluídos com sucesso foram Estados Unidos, Brasil, Alemanha, China, México, Israel, Argentina, Austrália e Inglaterra - embora americanos, chineses e israelenses não tenham se classificado para a Copa.

Cerimônia vai lembrar racismo

A cerimônia representará uma distração bem-vinda do cardápio invariável de notícias sobre doping e corrupção que maculou a reputação esportiva da Rússia nos últimos anos. A cerimônia dará à Rússia a chance de exibir as cidades e estádios que receberão as 32 seleções em junho e julho do ano que vem, e os principais apresentadores serão Gary Lineker, vencedor da Chuteira de Ouro de 1986, e Maria Komandnaya, jornalista esportiva do país-sede.

Se é verdade que a cerimônia de sorteio - que terá a presença do presidente russo, Vladimir Putin, segundo o Kremlin - se concentrará nos aspectos positivos do Mundial, ela também servirá como lembrete dos problemas em potencial, sobretudo os temores de comportamento racista e discriminatório e de violência de torcidas. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, alertou nesta semana que os árbitros terão poder para interromper e até abandonar partidas da Copa do Mundo se tais incidentes ocorrerem.

As autoridades disseram que os preparativos do evento estão em dia no geral, embora tenha havido atraso em algumas obras, inclusive no novo estádio de Samara, mas prometeram que estará pronto a tempo. A Fifa disse que cerca de 750 mil ingressos foram disponibilizados para a primeira fase das vendas e que a segunda fase terá início na semana que vem. A maioria deles foi adquirida por torcedores russos, e os norte-americanos vieram em segundo lugar, embora sua própria seleção não tenha se classificado para a competição. Brasil, Alemanha, China e México também estão entre os países que mais compraram entradas, segundo a Fifa.

Todos os portadores de ingressos precisam obter uma identidade de torcedor personalizada, o que permitirá às autoridades vistoriá-los e manter hooligans longe dos jogos.