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FPF acredita que há interesse por trás de algumas notícias

publicado: 16/05/2018 00h05, última modificação: 16/05/2018 10h56
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Eduardo Araújo acha que parte da imprensa poderia estar a serviço de pessoas que querem assumir a FPF - Foto: Ivo Marques

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Ivo Marques

O diretor executivo da Federação Paraibana de Futebol, Eduardo Araújo, disse nessa terça-feira (16) que a FPF está exercendo o direito de resposta em alguns veículos de comunicação do Estado, que estão divulgando notícias inverídicas, responsabilizando o presidente Amadeu Rodrigues e deixando de divulgar outras pessoas que estão sendo investigadas na Operação Cartola, como o vice-presidente Nosman Barreiro e a ex-presidente, Rosilene Gomes.

“Como advogado, eu tive acesso a todas as escutas, e recebi a informação que quem divulgasse junto à imprensa seria responsável pelo vazamento das notícias. Eu fui o terceiro advogado a ter acesso às gravações da Justiça, e assim que recebi, já estava sendo divulgado na imprensa. Para a minha surpresa, as notícias omitiram o nome de algumas pessoas envolvidas que foram direcionadas apenas aos dirigentes, árbitros, comissão de arbitragem e até Amadeu Rodrigues, que pelo o que tive acesso até o momento, não tem nenhuma prova de envolvimento pessoal com os atos ilícitos praticados. Chegaram inclusive, a colocar em matérias jornalísticas, que tinham me procurado para dar a versão da FPF e não tinham me encontrado, o que não é verdade, porque sempre atendi a imprensa e sempre estive aberto para esclarecer os fatos”, afirmou.

Diante da informação de Eduardo Araújo, a reportagem de A União tentou descobrir quem seria o advogado que estaria por trás destas divulgações e quais eram os interesses dele. Uma fonte, que não quis revelar o nome, disse que o profissional tem ligações com o vice-presidente da FPF, Nosman Barreiro, que luta para assumir a presidência da entidade, já há algum tempo, e que também seria ligado a um grande meio de comunicação do Estado. A fonte não quis revelar quem era este advogado.

Indagado sobre a intervenção na FPF, o diretor-executivo disse que estranhava o fato da imprensa está dando, desde o domingo, que a CBF já tenha feito esta intervenção, quando a entidade paraibana e o seu presidente, ainda não receberam nenhum documento oficial sobre a decisão da CBF. “Ao procurar me informar desta intervenção junto à CBF, o que encontrei, até esta terça-feira pela manhã (ontem), foi uma recomendação da comissão de ética da entidade nacional para uma intervenção. Esta recomendação, e não decisão, é datada de 10 de maio, por causa do conflito entre o presidente Amadeu Rodrigues e o vice, Norman Barreiro, que quer assumir a direção da entidade, baseado em denúncias feitas por ele próprio”, acrescentou.

Segundo o programa Fantástico da Rede Globo, o interventor é o advogado e auditor da 5ª Comissão Disciplinar do STJD, Flávio Boson Gambogi. Ele está sendo esperado, desde a segunda-feira, mas até ontem ao meio-dia, não tinha chegado, nem a FPF recebeu nenhuma comunicação sobre o assunto. “Se ele chegar, nós estamos de portas abertas, e prontos para colaborar com ele em tudo que ele precisar”, concluiu Eduardo Araújo.

Eduardo Araújo acrescentou também que já começou a exercer o direito de resposta em alguns veículos de comunicação, sem a necessidade de recorrer à Justiça, e que tinha alertado pessoalmente a alguns jornalistas sobre o perigo de divulgar fatos, sem provas, sem uma decisão judicial, e sem analisar os reais interesses por trás da divulgação.