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Francisco Diá se diz desmoralizado pelo presidente do Campinense

publicado: 17/05/2016 00h05, última modificação: 17/05/2016 07h57
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Treinador afirma que presidente do clube nunca tinha vendido um jogador - Foto: Facebook/Campinense Clube

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Ivo Marques

Além da expectativa pelo julgamento da próxima quinta-feira, o Campinense ganhou uma nova preocupação no final de semana. Os boatos de que alguns jogadores estão deixando o clube, e que a diretoria está acusando o treinador, Francisco Diá como o responsável pela saída deles, ganhou força, após um vazamento de um áudio, em que o treinador se sente muito agredido e desabafa, ameaçando inclusive deixar o clube, ainda esta semana. Ele acusa o presidente do Campinense, Williams Simões, de tê-lo desmoralizado em público, e diz não ter mais condições psicológicas de continuar dirigindo a Raposa.

“Estou muito chateado com os comentários do presidente. Minha passagem pelo clube foi vitoriosa, com honestidade. Nunca empresariei nenhum jogador. Ao contrário, trouxe jogadores baratos para que o clube ganhasse dinheiro com eles. Ele nunca tinha vendido ninguém, e agora, após a minha vinda, só com Rodrigão teve um lucro de R$ 1 milhão de reais, fora uma parceria de 40 por cento. Isto é uma covardia. Não estou em nenhum clube, porque recusei a proposta do América, para manter minha palavra de não abandonar o Campinense. Se quisesse ser empresário de jogador ficaria rico, porque ninguém conhece mais jogador bom e barato do que eu. Mas tenho um nome a zelar, e sou honesto. Não tenho mais condições psicológicas de continuar no clube, depois de ter sido desmoralizado pelo presidente. Vou pedir para acertar minhas contas e ir embora”, disse o treinador, em um áudio que está em várias redes sociais, e que não foi desmentido nem pelo clube, nem pelo próprio Diá.

Diante da repercussão das suas palavras, Diá, horas depois, bem mais calmo, reconheceu que errou em deixar vazar o áudio, e tentou amenizar as críticas que fez ao presidente William Simões.

“Quero dizer que infelizmente deixei escapar um áudio, que não devia, num momento de muita tristeza minha, após uma discussão com o presidente. Foi mais um desabafo de minha parte. Essa não foi a primeira vez que discutimos, mas estas discussões são coisas internas do clube, e entre eu e o presidente nós nos entendemos. Ainda bem que não falei nada de mal de ninguém, foi apenas um desabafo, num momento de muita tristeza minha”, disse o técnico, visivelmente constrangido.

O Campinense não divulgou nenhuma nota oficial sobre o episódio, e nem o clube, nem o próprio treinador quis falar com a imprensa sobre o assunto, na manhã de ontem. Pelo jeito, as coisas estão aparentemente resolvidas, e o elenco segue nos treinamentos normais, enquanto aguarda o julgamento do STJD, e consequentemente a marcação das partidas das semifinais.