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Governo e associações auxiliam no desenvolvimento de atletas paralímpicos

publicado: 18/09/2016 00h05, última modificação: 17/09/2016 09h57
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O Goalball é uma das modalidades onde os paratletas da Paraíba vêm ganhando espaço nacionalmente - Foto: Divulgação

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Marcos Lima

A Paraíba tem sido referência nacional e internacional no paradesporto, quando muitos dos seus atletas chegaram às Seleções Brasileiras. Este crescimento tem passado pelo crivo do Governo do Estado com a criação do projeto “Paraíba Paralímpica”, na descoberta de centenas de paratletas.

O mérito deve-se também às entidades que trabalham com esses paratletas, apesar dos escassos recursos, da falta de incentivos e da iniciativa privada. Dentre os destaques estão a Funad – Fundação de Apoio ao Deficiente; Asdef – Associação de Deficientes e Familiares; Apace/PB – Associação Paraibana de Cegos; Apadevi/PB – Associação Paraibana de Deficientes Visuais e AAPD – Associação Atlética das Pessoas com Deficiência da Paraíba e Apae – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais.

Neste cenário, com reconhecimento nacional e internacional, citam-se os paratletas Petrúcio Ferreira e Cícero Valdiram (atletismo); Luan Lacerda, Damião Robson e Marquinhos (futebol de 5); José Roberto e Romário Maques (goalball), que disputaram os Jogos Paralímpicos 2016, além de outros que fizeram e ainda fazem história nas seleções do paradesporto do Brasil.

Destaque para Itamara Galdino, Ruth Ernestina, Genilson, Marcos Paulo, João Pedro Ferreira e Welton (Bocha); Joeferson Marinho, Bruna Alves, Amauri Luciano, Renan Bezerra, Jane da Silva, Maria Eduarda, Elivelton Pinto, Daniel Pablo, José Ariomar (atletismo); Davi Dias, Natália de Oliveira e Jullyane de Farias (judô); Arthur Santos (natação), e outros.

Paradesportos são os esportes adaptados para pessoas com deficiência física, auditiva e visual. Muitos desses paratletas são portadores de nascença, outros, porém, adquiriram no pós parto e que, apesar de todos os obstáculos, fazem sucesso no esporte, sendo referências em suas nações.

Itamara Galdino, no goalball, é o Neymar do futebol. Campeã parapanamericana de jovens, na Argentina, é atleta da Apae – Associação dos Pais e Amigos dos Excepconais. Foi descoberta pela professora de educação física e treinadora Michele Almeida da Silva, que lhe acompanha desde 2010.

Atleta da Funad-PB, Joeferson Marinho é outro paratleta de futuro promissor. Tricampeão no atletismo nas Olimpíadas Paraescolares, nas provas de 100 e 300 metros, o santarritense é orgulho para a família.

Arthur Santos Pereira, descoberto no Projeto Paraíba Paralímpica, é exemplo de sucesso. Chegou a receber convite para integrar a Seleção Brasileira de Jovens Paraescolar na modalidade de natação.

Incentivo do “Paraíba Paralímpica"

Lançado há exatos quatro anos no ginásio de esportes Ronaldão, pelo Governo do Estado, o Projeto Paraíba Paralímpica é o maior incentivador na descoberta de paratletas para o cenário esportivo nacional e internacional. Consiste em oferecer gratuitamente aulas para a pessoa com deficiência nas modalidades de goalball, futebol de cinco (para deficientes visuais), vôlei sentado e bocha paralímpica. Os treinos são coordenados por professores vinculados à Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer – Sejel/PB.

“Na grande João Pessoa, existem muitas pessoas com deficiência que não têm acesso e oportunidade para praticar o paradesporto. O Paraíba Paralímpica é uma grande oportunidade dos pais poderem levar seus filhos para essas escolinhas do projeto”, disse o secretário executivo de esportes, José Marco. Ele ainda frisou que os professores e instrutores são especialistas no esporte paralímpico. “A equipe técnica é toda formada por professores ligados à área do esporte voltado para a pessoa com deficiência”, destacou.

No mês de novembro próximo, muitos paratletas, descobertos dentro do Projeto Paraíba Paralímpica, representarão o Estado nas Paralimpíadas Escolares, que ocorrerão em São Paulo, evento promovido pelo Ministério do Esporte juntamente com o Comitê Paralímpico Brasileiro.