Adrizzia Silva - Especial para A União
As últimas 36 horas não foram muito boas para as paraibanas Andressa Morais de Oliveira (lançamento de disco) e Mayssa Pessoa (handebol feminino), nos Jogos Olímpicos Rio 2016. As duas conterrâneas foram eliminadas em suas modalidades esportivas e não mais competem no maior evento esportivo do planeta. O sonho da medalha olímpica foi de “água abaixo”, deixando apenas a vontade de conquistá-la em Tóquio, no Japão, em 2020. Uma perda para a Paraíba que, até o momento, não teve nenhum dos seus seis representantes na competição com um lugar no pódio. A esperança, no entanto, recai sobre o lateral esquerdo Douglas Santos. O futebol brasileiro decide vaga na final do torneio, hoje, contra a Seleção de Honduras.
Duas semanas após o início dos Jogos do Rio e no quarto dia das provas de atletismo, Andressa Morais foi a última paraibana a estrear na Olimpíada 2016 e não conseguiu passar para a final do lançamento de disco. A atleta acabou eliminada em sua primeira participação, realizada na noite da última segunda-feira, no Estádio Engenhão.
Era claro que o Brasil estava longe de ser favorito no lançamento de disco, já que os últimos resultados de Andressa não eram tão empolgantes. Ela havia conquistado apenas o quarto lugar no evento-teste para a Olimpíada, que ocorreu no Ibero-Americano, com a marca de 55m28. Entretanto, a classificação para a final era o grande objetivo da paraibana, que conseguiu ainda a marca de 57m38, terminando na 21ª colocação, onde apenas as doze primeiras passariam de fase.
Apesar disso, Andressa foi a melhor brasileira na prova, já que a gaúcha Fernanda Martins lançou o disco a 51m85, marca bem inferior ao da paraibana, que resultou na 31ª colocação. Andressa também foi a segunda melhor sul-americana, atrás somente da chilena Karen Gallardo, a 18ª na classificação, que atingiu a marca de 57,81m. A cubana Yaime Perez avançou em primeiro lugar no arremesso de disco, com 65,38m.
Já Mayssa Pessoa, goleira de handebol feminino do Brasil, viu o sonho da medalha olímpica desmoronar, na manhã de ontem. Não faltou entrega. Não faltou luta. As meninas do Brasil correram por 60 minutos, brigaram, se jogaram no chão da quadra da Arena do Futuro. Todo o esforço, porém, não foi suficiente para bater a atual vice-campeã do mundo. Na primeira Olimpíada em que entrou como favorita a um inédito pódio, a Seleção Feminina de Handebol mostrou nervosismo, errou nos momentos em que não podia e ficou pelo caminho. Caiu diante da Holanda por 32 a 23, novamente nas quartas de final, assim como em Londres, no revés para a Noruega. Se vencesse, a equipe seria a primeira do continente americano a ir tão longe em Jogos Olímpicos, só que o peso da responsabilidade de atuar com tanta pressão por um resultado grandioso pesou.
Além da eliminação, a derrota marca a despedida de uma geração que mudou o patamar da modalidade no Brasil após o histórico título mundial em 2013, na Sérvia, mas que no Mundial seguinte, em dezembro passado, caiu nas oitavas para a Romênia. A capitã Dara já havia anunciado a aposentadoria. Dani Piedade, a mais experiente do grupo, é outra que se despede. E Alê Nascimento também deixou em aberto se continua ou não.