Começa, amanhã, o Mundial de Atletismo Paralímpico, que vai até 5 de outubro, em Nova Délhi, na Índia, e os atletas Petrucio Ferreira, Cicero Nobre e Joeferson Marinho serão os representantes da Paraíba. A Seleção Brasileira conta com 50 atletas e 10 atletas- -guia, que foram convocados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (CPB) para a 12a participação do país na competição. Petrucio e Joeferson competem no dia 27 e Cicero Nobre, no dia 28.
A formação do grupo verde--amarelo que competirá no país asiático levou em consideração os Critérios de Entrada para o evento, estabelecidos e divulgados pelo CPB em abril deste ano. Os convocados também precisaram atender aos requisitos mínimos de elegibilidade estabelecidos pela World Para Athletics (WPA, entidade ligada ao Comitê Paralímpico Internacional e que rege a modalidade em âmbito mundial) para o evento.
“O que a gente espera é que o desejo se concretize, que é conquistar o ouro. Trabalhamos com esse objetivo, o de vencer. Não temos certeza, claro, mas esse é o propósito. As condições foram dadas, tudo foi preparado, e os meninos estão no melhor momento da performance deles neste ano. Agora, é esperar o dia chegar e torcer para que tudo ocorra bem. Que cada um consiga, de fato, dar o seu melhor e, ao fazer isso, superar sua própria performance”, projeta o treinador Pedro Almeida (Pedrinho).
Já pensando nos Jogos Paralímpicos de 2028, o treinador ressalta a importância da conquista de medalhas em campeonatos mundiais.
“Tem sido comum o Comitê Paralímpico usar como critério de classificação dos atletas para os Jogos — sejam eles mundiais ou os próprios Jogos Paralímpicos — a conquista do primeiro lugar no campeonato. Até as Paralimpíadas de 2028, teremos mais um Campeonato Mundial, em 2027. Normalmente, quem conquista a medalha de ouro nesses campeonatos já garante vaga automática para os Jogos, como aconteceu agora: o critério número 1 foi a medalha de ouro em Paris, no ano passado, que garantiu a classificação direta. Ainda em 2027, teremos os Jogos Parapan-Americanos, mas o Campeonato Mundial acontece antes. E, com certeza, quem conquistar o ouro neste próximo Mundial estará automaticamente convocado para Los Angeles. É assim que tem funcionado”, aponta Pedrinho.
Petrucio Ferreira vai em busca de seu quinto título mundial. No currículo, constam ouro nos 100 m (Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024), nos 200 m (Londres) e nos 400 m (Dubai 2019). Cicero Nobre, por sua vez, é bicampeão mundial no lançamento de dardo (Dubai 2019 e Kobe 2024) e conquistou uma medalha de bronze (Paris 2023). Joeferson busca seu primeiro ouro na competição; ele foi prata nos 100 m no Mundial de Dubai 2019. No último Mundial, no Japão, em 2024, a Seleção Brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, atrás somente da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. Essa foi a campanha mais dourada do país na história dos mundiais. Já no Mundial de Paris 2023, o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes. Na ocasião, o país contou com sua maior delegação da história, com 54 atletas e 11 atletas-guia.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 25 de setembro de 2025.