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Planejamento antecipado e ajuda de Hulk colaboram para o sucesso do Serrano

publicado: 12/04/2017 00h05, última modificação: 12/04/2017 09h41
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A equipe não tem jogadores de projeção no futebol paraibano mas vem obtendo um bom desempenho no Campeonato Estadual - Foto: Facebook/Grêmio Serrano

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Ivo Marques

De apontado como favorito ao rebaixamento, o Serrano passou a ter chances reais de ser um dos 4 clubes classificados para a segunda fase do Campeonato Paraibano. Mas, qual o segredo para o sucesso de um clube modesto como o Grêmio Serrano, sem torcida e sem tradição? O seu presidente responde, sem pensar duas vezes. Segundo Waldir Cabral, todo o êxito alcançado partiu de um bom planejamento.

“Olha, trabalhamos dentro de nossa realidade. Fizemos um planejamento inicial de termos uma folha salarial de jogadores e comissão técnica, em torno de R$ 50 mil. Somando-se a logística dos jogos, este número passou para R$ 70 mil. Diante da situação, fomos para os jogadores, e prometemos o que podíamos honrar, e assim cumprimos. Em relação aos atletas, começamos recrutando atletas aqui mesmo da terra, e em todo o elenco de 34 jogadores, só temos 4 do Rio Grande do Sul, e 1 do Distrito Federal. Muitos jogadores nossos foram pretendidos por outros clubes, mas eles preferiram a nossa proposta menor, porém com pagamento em dia. Esta foi a nossa grande diferença, e fez com que todo mundo trabalhasse motivado”, disse o dirigente.

Não há como negar a boa gestão da diretoria do Serrano, mas a recuperação do clube não começou exatamente este ano. Depois de quase ser extinto, a agremiação ressuscitou, graças as transferências internacionais milionárias de Hulk, um jogador que foi formado nas divisões de base do clube. A primeira grande injeção financeira veio com a saída do atacante do Porto de Portugal, para o Zenit, da Rússia. Uma transação que custou R$ 153 milhões, e que coube ao Serrano uma fatia de R$ 475 mil, como clube formador. No ano passado, veio outra transferência milionária, desta vez saindo do Zenit para o Shanghai da China. Esta custou a bagatela de R$ 200 milhões. A fatia que coube ao Lobo da Serra, foi de cerca de R$ 600 mil.

De olho no G4

A vitória sobre o Sousa, de virada, por 3 a 2, deixou o Lobo da Serra a apenas mais uma vitória das semifinais. O clube depende só dele para se classificar. Basta vencer no próximo domingo o Atlético, em Campina Grande. Tomando por base o histórico do time dentro de casa, e o do adversário, fora dele, é possível afirmar que o Serrano chega nesta última rodada, como favorito à quarta colocação.

Sobre este jogo de domingo, diante do Atlético de Cajazeiras, Waldir está otimista, e acha que é possível vencer. “Olha, sabemos da força do Atlético, cheio de jogadores do Sudeste do país, mas estamos preparados, e já demonstramos isso, para enfrentar qualquer adversário do Campeonato Paraibano. Os resultados mostram isto. Nós, até domingo passado, trabalhamos e oferecemos uma premiação para permanecer na primeira divisão, e cumprimos. Agora oferecemos outra premiação aos jogadores, caso eles consigam se classificar para a segunda fase. Eles estão super motivados, e vão dar tudo para chegarmos lá”, disse Waldir.