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Pleno do TJD define a situação do Internacional-PB nesta 5ª-feira

publicado: 25/10/2017 19h05, última modificação: 25/10/2017 19h33
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Em reunião do Tribunal Pleno na temporada de 2017 os auditores e o presidente Lionaldo Santos, vão decidir o futuro do Internacional - Foto: Rafael Passos

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Ivo Marques

Após muita discussão, finalmente será nesta quinta-feira (26) o julgamento do mandado de garantia impetrado pelo Internacional, que acusa o CSP de ter participado irregularmente do Campeonato Paraibano deste ano e, por conseguinte, deveria ter sido excluído e rebaixado. Baseado nesse argumento, o colorado, que foi rebaixado dentro de campo, herdaria a vaga na Justiça Desportiva e portanto teria o direito de participar do Campeonato Paraibano de 2018, no lugar do Centro Sportivo Paraibano. O julgamento está previsto para as 18h30, na sede do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba, em João Pessoa.

Para o advogado do Internacional, Watteau Rodrigues, o mandado de garantia impetrado pelo clube baseou-se no fato de que o Inter enviou à Federação Paraibana de Futebol um requerimento solicitando uma posição oficial da entidade sobre a situação do CSP, e não recebeu respostas.

“O Internacional tomou conhecimento que o CSP entrou com um processo na Justiça comum do Rio de Janeiro, contra a CBF, em 2016, por causa da venda do jogador Curió para o futebol coreano, sem o consentimento do clube paraibano, que detinha os direitos federativos do atleta. Isso feriu o regulamento geral de competições da CBF, também o regulamento do Campeonato Paraibano e até mesmo o que determina a Fifa.

Todo mundo sabe que é proibido ir à Justiça comum, sem antes esgotar todas as instâncias da Justiça Desportiva. O CSP insistiu, já perdeu na primeira instância e recorreu. A CBF, diante do primeiro resultado, imediatamente bloqueou o clube no sistema de registro de jogadores e, por isto, o clube não participou dos Campeonatos Paraibanos Sub-15, Sub-17 e Sub-19 este ano”, disse o advogado, alegando que a punição imposta pela CBF foi no mês de abril deste ano e ainda deu tempo do CSP terminar a participação no Campeonato Paraibano de profissionais, de forma irregular.

Para Watteau, o direito do Internacional é bom e simples. “Houve uma omissão por parte da Federação Paraibana de Futebol, que não respondeu ao requerimento do clube, dando uma posição oficial sobre o assunto. Eu nem questiono tanto aqui a questão da vaga, mas sim da omissão em não responder o documento do filiado”, acrescentou.

O procurador da FPF, Hilton Souto Maior, afirmou nessa quarta-feira (25) que o mandado de garantia do Internacional carece de provas, e foi baseado em uma suposição. “O objeto caiu por terra, já que não existe nada contra o CSP. Não houve uma punição ao clube. O problema no sistema de regularização de jogadores foi de caráter administrativo. Houve uma falha, que já foi corrigida, e o clube está fazendo as movimentações de atletas normalmente. Em nenhum momento o CSP foi punido por questões judiciais”, afirmou.

Para Hilton Souto Maior, a Federação Paraibana de Futebol não defende esse ou aquele clube. Não há preferências. As coisas são decididas dentro de campo e o CSP conquistou a vaga para o Campeonato Paraibano dentro de campo. O Internacional foi rebaixado e portanto terá de cumprir o regulamento, jogando a segunda divisão do próximo ano.