Marcos Lima
O ano de 2016, período em que ocorreram no País os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, foi positivo para a Paraíba no quesito “desporto e paradesporto amadorismo”. Várias foram as modalidades esportivas e paraesportivas onde atletas do Estado quebraram recordes, choraram no pódio de alegrias e tristezas e puderam comemorar façanhas de superação. O atletismo, natação, vôlei de praia, handebol beach, futebol amador e outros modalidades, foram pontos chaves para que a Paraíba ganhasse uma visibilidade ainda maior em âmbito nacional e internacional.
No paradesporto, mais uma vez, o Estado foi o centro das atenções e dos holofotes, principalmente com o paratleta Petrúcio Ferreira que, após vencer os 100 e 200 metros nos Jogos Paralímpicos, foi coroado no final do ano como o melhor paratleta da temporada, desbancando grandes nomes do paradesporto nacional e mundial, dentre eles o nadador Daniel Dias.
A relação de atletas heróis que com muita bravura honraram o nome do Estado ao longo dos 365 dias de 2016 não para apenas em Petrúcio Ferreira. O atleta Matheus Aguiar, treinado pelo professor Luiz Alcides, na Pista de Atletismo da Universidade Federal da Paraíba, foi o principal nome do atletismo do Estado na temporada local. Além de conquistar a medalha de ouro no Campeonato Brasileiro Sub-18, em São Bernardo do Campo, interior paulista, na prova dos 800 metros, chegando a quebrar o recorde, subiu no lugar mais alto do pódio na mesma prova, nos Jogos Escolares da Juventude, etapa 15-17 anos. Como prêmio, renovação do Bolsa Atleta.
Hoje, o paraibano é o segundo melhor atleta do País e tem recebido convites de vários clubes do Brasil, principalmente dos grandes centros, para vestir a camisa daquelas agremiações. Por enquanto, o atleta é vinculado ao Clube Recreativo Kashima, do bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa, e treina diariamente na pista de Atletismo da Universidade Federal da Paraíba, querendo voos mais altos: disputar um campeonato mundial e uma Olimpíada.
Ainda no atletismo, Andressa Morais de Oliveira foi um dos ícones femininos nas Olimpíadas de 2016. Nascida em João Pessoa e depois de passar um bom período treinando em Cuba, ela era esperança de medalha na prova do lançamento de disco, porém, não obteve sucesso. Outra conterrânea, Jailma Sales, também não teve êxito no Revezamento 4x400, uma experiência considerada positiva pela atleta da cidade de Taperoá que garantiu se aperfeiçoar ainda mais e voltar em 2020, nas Olimpíadas do Japão. Além de Andressa e Jailma, a Paraíba conseguiu emplacar outros quatro atletas nos Jogos Olímpicos de 2016: Kleber Ramos (ciclismo), Kaio Márcio (natação), Mayssa Pessoa (handebol) e Douglas Santos (futebol), este último, único medalhista olímpico na temporada para a Paraíba. Ganhou o ouro no futebol ao lado do astro Neymar.
Na natação, a Paraíba teve o prazer de ter o retorno do pessoense Kaio Márcio Almeida aos Jogos Olímpicos. Treinando no Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, ele, depois de uma cirurgia no braço e um bom tempo fora das piscinas, conseguiu índice para as Olimpíadas na prova dos 200m borboleta. Não foi o esperado. Concluiu a prova na 14ª colocação e, mesmo assim, ao 31 anos de idade, se disse otimista e garantiu não se aposentar tão cedo. Também no desporto aquático, Luana Lira e Bruna Brunett, nos saltos ornamentais, foram duas das atrações na temporada. Juntas, levaram a Paraíba ao terceiro lugar na classificação geral da Taça Brasil de Saltos Ornamentais, no mês de novembro passado.
Dentre tantas positividades no esporte amador paraibano, um dos eventos que mais chamou a atenção e parou a Paraíba, o Brasil e o mundo, foi a chegada da Tocha Olímpica, no dia 2 de junho. Acesa na Grécia, berço do movimento olímpico, a chama olímpica chegou à Paraíba depois de passar por 114 cidades brasileiras - pouco mais de um terço das 335 cidades onde a chama passou. No Estado, foi conduzida por mais de 200 pessoas, dentre atletas, ex-atletas, professores, bombeiros militares, corretores, dentre outras celebridades.