O Brasil entra em campo, hoje, às 16h30, para enfrentar a Tunísia, no seu último jogo de 2025. O confronto acontece no Decathlon Stadium, na cidade francesa de Lille. O duelo terá transmissão ao vivo da TV Globo, SporTV, ge TV e Globoplay. As duas seleções já estiveram frente a frente em duas oportunidades, com dois triunfos verde-amarelos registrados, ambos em amistosos.
O técnico Carlo Ancelotti escalou um quarteto ofensivo, formado por Estêvão, Matheus Cunha, Vinícius Jr. e Rodrygo, que funcionou muito bem contra Senegal. Após a goleada sobre a Coreia do Sul e, em seguida, mudança radical para o jogo seguinte, culminando na derrota para o Japão, o italiano demonstrou-se mais cauteloso quanto às alterações na escalação de hoje. “Não vou arriscar com jogadores cansados. A ideia é não mudar muito a equipe”.
No último sábado (15), com uma exibição consistente, a Seleção Brasileira derrotou Senegal por 2 a 0, no Emirates Stadium, em Londres. Estêvão e Casemiro marcaram os gols da partida.
A vitória foi a primeira do Brasil contra os africanos em toda história. Agora, o único adversário que o nosso país enfrentou e não venceu é a Noruega. Em quatro jogos com os pentacampeões, que já enfrentaram 91 países diferentes ao longo dos tempos, são dois empates e duas vitórias norueguesas.
Retorno à zaga
Uma mudança, pelo menos, deve ocorrer para o jogo de hoje. Isso porque Gabriel Magalhães foi cortado, no domingo (16), após exames de imagem apontarem uma lesão muscular na coxa direita do zagueiro. Assim, Ancelotti vai deslocar Militão da lateral direita para a zaga, sua função de origem, e vai escalar Wesley pelo lado.
“Todos os jogadores estão bem. Infelizmente, tivemos a lesão de Gabriel. Vamos proceder com a entrada de Wesley do lado direito. Queremos fazer um bom jogo, seguir na mesma dinâmica do jogo contra Senegal. Foi um jogo bonito, que gostamos, com atitude, qualidade, intensidade. Queremos repetir o mesmo jogo, com a mesma qualidade”, disse o italiano, em entrevista coletiva.
Éder Militão comentou sobre as funções que pode executar dentro de campo e sobre as conversas com Carlo Ancelotti. O defensor foi um dos principais destaques brasileiros no 2 a 0 contra Senegal, mesmo fora de posição. “Sobre a conversa com o Ancelotti, ele simplesmente falou que eu ia jogar ali pela lateral, perguntou se tinha algum problema, e eu falei que não. Na última Copa e em alguns jogos também com o Real Madrid, eu joguei de lateral. Fico feliz de poder ajudar o time e o grupo de alguma forma”, disse.
“Militão está em uma condição espetacular física e mental. Acho que dois anos sem jogar amadureceram muito ele no aspecto mental. Com essa atitude, pode jogar em todas as posições. Foi muito bem como lateral-direito. A equipe foi muito sólida e estamos satisfeitos”, destacou Ancelotti sobre o comportamento de seu comandado, que fará dupla com Marquinhos na zaga, diante da Tunísia.
Evolução
Durante a atual Data Fifa, os jogadores convocados têm exaltado a forma que o Brasil tem se apresentado dentro de campo, sob o comando de Carlo Ancelotti. Mesmo nas derrotas, os atletas destacam que as ideias aplicadas nos treinamentos foram visíveis, apesar de mal executadas. Com a titularidade confirmada também para o enfrentamento contra a Tunísia, o goleiro Ederson foi um dos que falaram sobre as mudanças depois da chegada do técnico estrangeiro.
“É muito importante você ver uma equipe mais sólida, melhor na hora da pressão: quando pressiona, pressionam os 11. Defendem os 11, atacam os 11, mas já ataca se posicionando para evitar contra-ataque ou jogada de perigo do adversário”, afirmou o arqueiro.
“A chegada do Ancelotti foi muito positiva para a Seleção Brasileira, que precisava de um treinador com um nome grande, um nome que estivesse à altura do selecionado. O Ancelotti é esse cara. Não vamos discutir o quanto ele é vitorioso na Europa. Quando você tem um treinador como ele, é um bom caminho andado para o sucesso”, acrescentou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 18 de novembro de 2025.