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Tite cobra maturidade de Neymar nas eliminatórias para a Copa do Mundo

publicado: 08/10/2016 00h05, última modificação: 08/10/2016 12h37
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Philipe Coutinho e Neymar foram destaques na vitória brasileira sobre a Bolívia por 5 a 0, na Arena das Dunas, em Natal - Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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A partida da próxima terça-feira, contra a Venezuela, em Merida, será a quarta do Brasil sem Neymar nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Para Tite, o cartão amarelo sofrido na vitória por 5 a 0 sobre a Bolívia, nessa quinta (6), poderia ser evitado. Se por um lado ele defendeu o atacante pelo excesso de faltas recebidas, por outro frisou por mais de uma ocasião que ele precisa amadurecer diante desse tipo de situação. Autor de gol e duas assistências, Neymar foi o tema que dominou a entrevista. 

"O que aconteceu no cartão foi o número excessivo de faltas para desequilibrar emocionalmente, provocar situações e não deixar a jogada fluir. Você fica toda hora falando, e fazendo falta. 'Ah, mas é do jogo e precisa o árbitro cuidar'. Sim, mas o meu é o outro lado. O meu lado é orientar para sua maturidade e evolução, porque os adversários vêm fazer isso. Coloquei no intervalo 'vai jogar, vai pra dentro'. (...) Vamos ter que suportar essas situações também", comentou Tite após o jogo.

Na sequência, perguntado sobre como será jogar sem Neymar, o treinador lembrou que o grupo de atletas precisa se sobressair. "A primeira entrevista que tive como técnico foi na seleção olímpica e com uma pergunta a respeito do Neymar. Dei a seguinte resposta e continuo coerentemente. É desumano colocar a responsabilidade de que ele deve solucionar a equipe. Ninguém faz isso. Da mesma forma que, se ele não nos ajudar na marcação e cumprir a função dele, vai sobrecarregar a equipe. Temos que ter as duas", acrescentou.

Mesmo com cartão amarelo e já suspenso, aliás, Neymar ficou em campo por 68 minutos. Tite explicou por que não antecipou a modificação. "A equipe está engrenada, ajustada, se formando com um atleta em nível técnico e de confiança altíssimo. Não vou prejudicar a equipe. Entra a maturidade do atleta de continuar. É um processo de maturidade. Vai continuar, não fala com o arbitro, não fala com o adversário. Nos dois primeiros terços do campo, toca mais rápido de lado. E fecha pra frente", receitou.