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Tocha Olímpica chega à Paraíba na próxima quinta-feira

publicado: 29/05/2016 00h05, última modificação: 28/05/2016 09h24
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Andressa - que vai disputar os jogos na prova de lançamento de disco - (foto), vai conduzir a tocha juntamente com Aline Waleska (handebol) e Jailton Lucas (atletismo) - Foto: Divulgação

tags: Tocha Olímpica , Olimpíadas 2016


Wellington Sérgio

No roteiro que vem fazendo pelo Brasil, a Tocha Olímpica Rio/2016 chegará a Paraíba na próxima quinta-feira (2), onde permanecerá por três dias em solo paraibano. As primeiras cidades que receberão o símbolo que representa os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio/2016 serão Pedras de Fogo, Itabaiana e Campina Grande. No outro dia, 3, será a vez de Guarabira, Sapé e João Pessoa, enquanto no último dia, no sábado (4), Mamanguape, encerra o percurso da tocha no Estado.

Os Jogos ocorrerão no período de 5 a 21 de agosto (Olímpicos) e 7 a 18 de setembro (Paralímpicos), no Rio de Janeiro. O percurso no país começou no dia 3 de maio, em Brasília-DF, com término previsto para o dia 4 de agosto, no Rio de Janeiro. A tocha visitará 335 municípios brasileiros, com eventos culturais, inclusive com shows musicais, para celebrar a passagem do símbolo olímpico.

De acordo com o cronograma do evento, a previsão de início do percurso na capital paraibana será a partir das 14h, com largada do Centro Histórico, com passagens pela Casa da Pólvora, Mosteiro de São Francisco, Catedral de Nossa Senhora das Neves, Praça Pedro Américo, Paço Municipal, Pavilhão do Chá, Parque Solon de Lucena (Lagoa), Praça da Independência, Avenidas Epitácio Pessoa e Cabo Branco, Farol do Cabo Branco, bairros de Manaíra e Bessa, com término no Busto de Tamandaré, em Tambaú.

Conforme o padrão sugerido pela organização, serão realizadas ao final do revezamento, no Busto de Tamandaré, apresentações de grupos e artistas da nossa cidade, objetivando a valorização da cultura local. De acordo com o major-PM Alecsandro Medeiros Araújo, chefe da Assessoria Militar da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) - que cuidará de todo o percurso - e interlocutor da organização do Tour da Tocha Olímpica pelo Brasil, este é um dos momentos mais marcantes na história esportiva da capital. “A passagem da Tocha Olímpica é um dos momentos mais importantes da história do esporte em nossa cidade. É a presença de um símbolo universal de fraternidade, esperança, vitória e superação, que transcende todas as barreiras culturais, religiosas e econômicas entre os povos”, disse.

Chama é um elemento divino

A Tocha Olímpica, com seu significado ancestral, foi reintroduzida nos Jogos Olímpicos de 1928 e faz parte das Olimpíadas Modernas desde então. O percurso da tocha foi introduzido nos Jogos Olímpicos de Berlim, no ano de 1936.

Atualmente, a tocha é acesa em Olímpia, na Grécia, meses antes do início dos jogos. Este fogo percorre as principais cidades do país. Os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas perpétuas acesas em frente a seus principais templos, como no santuário de Olímpia, onde aconteciam os Jogos Olímpicos da Antiguidade.

A chama era acesa usando os raios do sol, para assegurar sua pureza, e uma skaphia, espécie de espelho côncavo que converge os raios para um ponto específico. Na Era Moderna, essa mesma cerimônia é reproduzida em Olímpia, onde a chama é acesa em frente ao Templo de Hera meses antes do início de cada edição dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. O Revezamento da Tocha Olímpica é inspirado em duas tradições da Grécia Antiga. Na primeira, corridas de revezamento da tocha eram organizadas em Atenas como tributo a certos deuses.

O primeiro participante a chegar ao altar do deus da corrida ganhava a honra de acender o fogo em sua homenagem. A segunda tradição envolvia mensageiros viajando por cidades da Grécia para anunciar a data exata dos Jogos. Eles convidavam os cidadãos a ir até Olímpia e proclamavam a trégua sagrada, que obrigava todas as guerras a cessar um mês antes do evento e durante as competições, para que atletas e espectadores pudessem ir e voltar com segurança. Nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, o significado ancestral da chama foi resgatado pela primeira vez em Amsterdã 1928, mas o primeiro Revezamento da Tocha Olímpica aconteceu em Berlim 1936, com a chama sendo acesa em Olímpia e transportada para a capital alemã.

Orgulho dos paraibanos 

Na foto, a bicampeã olímpica de vôlei Paula Pequeno passa a chama ao medalhista de bronze na maratona dos Jogos de Atenas, Vanderlei Cordeiro LimaPessoas de todas as classes sociais foram selecionadas para carregarem a Tocha Olímpica: Sijelmes Urquiza Soares, Renê José Conrado, Ismael Cardoso, Aristóteles Luiz, Leonaldo Ferreira, José Costa de Oliveira, Rogério Celi de Sousa, Maria das Dores, Jailton Lucas, Lúcio Andrade, Petrúcio Fabiano, George Belarmino, Pedro Paulo de Andrade, Edvaldo Henrique, Ane Caroline, Davi Luiz, Matheus Pereira, Severino Silva e Darlan Oliveira. Atletas olímpicos e não olímpicos também conduzirão a chama, com destaque para Andressa Morais de Oliveira (que vai disputar os jogos na prova de lançamento de disco) e Aline Waleska Rosas (que esteve presente em várias Olímpiadas com a seleção de handebol).

Na contagem dos dias para realizar o sonho na vida o atleta da Associação de Caminhantes e Corredores de Rua da Paraíba (Ascorpa), José Costa de Oliveira, mais conhecido como Índio, falou que a expectativa é a melhor possível para participar da festa. Ele ressaltou que trata-se de uma chance que não terá mais na vida, pela importância que tem os Jogos Olímpicos que serão realizados no Brasil. “Aproveitarei o máximo a chance que Deus me abençoou, onde realizarei um sonho para ficar na história da minha vida. Não sei como será a emoção, mas espero fazer bonito na responsabilidade de carregar o símbolo do evento internacional”, avaliou.

Outro que está convocado para segurar a tocha é o técnico e professor de Educação Física, Jailton Lucas, que faz um belo trabalho junto aos atletas paralímpicos da Paraíba. “Significa um presente por tudo que venho fazendo pelo esporte da terra, com garra, amor e vocação. Um dia especial para todos que terão a chance de carregar o símbolo dos Jogos Olímpicos”, observou.

A estudante Maria das Dores ficou surpresa com a escolha e vem fazendo planos para receber a tocha. Ela convocou os familiares e amigos para acompanharem de perto o percurso que ficará na história da vida dos selecionados pelo Comitê Olímpico. “Quero contar com todos torcendo, vibrando e acompanhando de perto o percurso que faremos com a tocha em mãos. Estou ansiosa e motivada para um dia especial para todos que participarão da festa”, comentou.

O secretário da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), José Marco, falou da importância para o esporte a presença da tocha em solo paraibano, principalmente com a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos/2016, no Rio de Janeiro. “A Paraíba está em festa com a presença do símbolo maior que ficará na história do esporte da terra. Temos que prestigiar o espetáculo, afinal, não sabemos quando sediaremos outra Olimpíada”, observou.