Chico José
Muita confusão na manhã dessa terça-feira (26), no Centro de Campina Grande, por causa da interdição do Shopping Popular Edson Diniz pelo Corpo de Bombeiros. Devido a interdição, os vendedores estão ocupando as calçadas do entorno do prédio. De acordo com a corporação, o shopping não tem o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros e por isso não tem o alvará de funcionamento. No complexo comercial, que abriga 336 antigos vendedores ao ar livre, os bombeiros atestaram que não existem equipamentos de prevenção a incêndios.
Há menos de dois anos, num dos andares do prédio, irrompeu um incêndio provocado por um curto-circuito. Um termo de ajustamento de conduta chegou a ser assinado com a Associação dos Locatários do Shopping e o Instituto de Previdência do Município de Campina Grande (Ipsem), proprietário do imóvel, para que as medidas preventivas contra incêndio fossem adotadas. Isso não ocorreu e ontem oficiais do Corpo de Bombeiros estiveram na administração do shopping para a interdição.
O assessor jurídico da Associação dos Locatários do Shopping, Cícero Riatoan, disse que vai recorrer na Justiça da determinação do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, o artigo 24 da Lei 9.625 de 2011, que determina a interdição, também dá direito a recurso.
De acordo com Cícero Riatoan, foi formulado um pedido de prorrogação de prazo para que as medidas preventivas determinadas pelo Corpo de Bombeiros fossem adotadas, mas o requerimento foi indeferido. Ele disse que o pedido de revogação se faz necessário para que as razões do indeferimento do pedido de prorrogação e a interdição imediata sejam justificadas pelo Corpo de Bombeiros.
O advogado da associação informou que a entidade já teria contratado uma empresa para instalação de todos os mecanismos necessários à prevenção contra incêndios. “Hoje a associação está adotando as medidas necessárias para o cumprimento das determinações”, assegurou. A reportagem tentou falar com o superintendente do Ipsem, Antônio Hermano Oliveira, mas ele não retornou as ligações.