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Centro de convivência contribui para um envelhecimento saudável

publicado: 08/10/2017 00h05, última modificação: 07/10/2017 02h40
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Pelo menos 120 idosos estão inscritos e frequentam o CCI, mantido pelo Governo do Estado e pelas parcerias que entram com o trabalho - Foto: Ortilo Antônio

tags: centro de convivência do idoso , envelhecimento saudável


Anézia Nunes
Especial para A União

O Centro de Convivência do Idoso (CCI), localizado no Castelo Branco, contribui para a promoção do envelhecimento saudável em condições de dignidade, principalmente para os idosos portadores de Alzheimer. Atualmente muitas pessoas ainda têm uma visão mistificada da terceira idade, com a ideia de que com o avançar da idade, os idosos diminuem suas redes de relações sociais, tornando-se menos satisfeitos com a vida.

Embora muitos pensem que envelhecer significa deixar de desenvolver-se, adoecer e afastar-se de tudo, na verdade, existem possibilidades da pessoa continuar ativa e de manter uma boa qualidade de vida.

A ajuda dada ou recebida contribui para o aumento de um sentido de controle pessoal, tendo uma influência positiva no bem-estar psicológico de cada um. É importante reinserir o idoso no convívio social, um com o outro. A convivência com as outras pessoas traz grandes benefícios, principalmente para o portador de Alzheimer, desenvolvendo um processo de autonomia e de estímulo à memória, ao participar de exercícios físicos, o que se traduz na melhoria da qualidade de vida do idoso.

“A importância é justamente o processo de estar ativo na sociedade, ativo no sentido de participar, de se integrar e de construir novos vínculos de amizade. São esses vínculos que fortalecem a memória do idoso, e as atividades físicas fortalecem o físico. Nas disciplinas individuais se fortalece o todo, pois trabalha mente, corpo e a convivência. Por isso tem a oficina da memória que vem trabalhando essa estimulação”, explica a psicóloga do Centro, Joana Darc.

Pelo menos 120 idosos estão inscritos e frequentam o CCI, mantido pelo Governo do Estado e pelas parcerias que entram com o trabalho. Geralmente, a equipe que executa o trabalho atua em parceria com o PSF local, além de alunos da Facene, UFPB e Unipê. O centro possui as terapias para os idosos, que são as oficinas da memória, hidroginástica, atividades físicas, entre outras. Pela manhã, acontece a hidroginástica e atividade física. Para participar basta apresentar exame citológico e o cardiológico.

Eliana Tomás, acompanhante de Eunice Dagmar que é diagnosticada com Alzheimer, relata como ocorreu a melhoria e mudanças da idosa com a ajuda do Centro de Convivência. “Desde a entrada dela aqui, ela mudou e vem mudando muito. Antes, quando eu não a acompanhava, ela queria ir embora e não tinha quem a segurasse. Devido ao Alzheimer, ela se esquecia do ambiente e das pessoas, agora, com minha presença, ela não vai embora. Participa das atividades perfeitamente que por sinal são muito boas para ela e para o estímulo que continua reforçando a sua memória”, constata.

Com o seu jeitinho tímido, encantador e de poucas palavras, Eunice resume a sua experiência com o Centro de Convivência. “Gosto muito daqui e do projeto, já faz 10 anos que frequento e a cada dia é um aprendizado diferente. As aulas me ajudam e estimulam a minha mente, gosto muito das minhas companheiras (os) e dos funcionários”, relata.