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Central de Custódia de Vestígios do IPC da Paraíba é modelo para outros Estados

publicado: 23/12/2020 10h15, última modificação: 23/12/2020 10h15
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tags: CENTRAL DE CUSTÓDIA DE VESTÍGIOS , INSTITUTO DE POLÍCIA CIENTÍFICA , MODELO


A nova Central de Custódia de Vestígios (CCV) implantada pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB), a primeira do Norte/Nordeste a cumprir a nova legislação recomendada pela Lei anticrime, vem sendo considerada modelo para outros institutos do país. Na tarde dessa segunda-feira (21), o diretor do IPC-PB, Marcelo Burity, recebeu a visita do perito criminal federal Alan de Oliveira Lopes, diretor técnico-científico da Polícia Federal, em Brasília, e assessores, que veio conhecer de perto a CVV.

Na ocasião, Marcelo Burity informou que a Paraíba investiu mais de R$ 900 mil no projeto para ter um Centro de Custódia de Vestígios cumprindo rigorosamente o que estabelece o “pacote anti-crime” (Lei 13.964/19). “Os recursos chegaram através de convênio da Sesds com o Ministério da Justiça ao longo de quatro anos e nós fomos nos preparando para ter um CCV de excelência, como acontece hoje”, destacou.

De acordo com a Lei anti-crime, os Institutos de Polícia Científica de todo o país passam a fazer o rastreamento obrigatório de todos os vestígios com potencial relevância criminal. Segundo o diretor do IPC, a solução encontrada pela Paraíba foi ir adquirindo ao longo desse período todos os equipamentos para montar sua central de vestígios de acordo com a lei. “A solução é composta por armários, freezers, computadores, envelopes de segurança e sistema informatizado implantados em todo o estado”, disse.

O perito criminal Alan de Oliveira Lopes ficou impressionado com a organização realizada pelo Centro de Custódia de Vestígios do IPC paraibano. “Realmente são detalhes que fazem a diferença porque todos os envelopes que passam pelas mãos dos peritos, desde o local de crime até o IPC são rastreados e monitorados, de forma muito organizada e precisa”, destacou.

Outros Estados estão buscando soluções e o exemplo da Paraíba poderá servir como modelo para uma organização e acomodação dos vestígios de crimes. “O que acontece é que o IPC da Paraíba se preparou antecipadamente para cumprir essa tarefa. Nós fomos adquirindo equipamentos, computadores para o registro de cada passo, inclusive colhendo digitais de quem pegou nos envelopes em cada etapa. Isso fez uma diferença enorme. Hoje nós sabemos cada passo de uma prova de crime através de rastreamento e se houver qualquer tentativa de violação isso será detectado imediatamente”, argumentou Marcelo Burity.

Os envelopes adquiridos pelo IPC da Paraíba para acondicionar os vestígios de prova de crimes são especiais. “Eles possuem um lacre que é inviolável. Nós temos um código de segurança e, uma vez a prova colhida e colocada seu vestígio ali, nós saberemos o caminho percorrido através de monitoramento. Nós não guardamos as provas físicas porque não teria como acumular, mas temos os vestígios delas e isso é fundamental para qualquer investigação bem sucedida”, finalizou.