história do comerciante patoense José Mamede Primo, de 48 anos, ganha novos rumos após ser contaminado pelo coronavírus e agora fazer parte de uma alegre estatística de pessoas que superaram a doença e saíram deste episódio sem nenhuma sequela e ainda com a fé em Deus mais fortalecida. Ele recebeu alta na última quarta-feira (13) do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, de Patos, (CHRDJC), mas ainda cumprirá nas próximas duas semanas um período de quarentena em casa.
“Eu nunca perdi a fé em Deus, a quem eu sou muito temente, que eu ia sair dessa e superar a doença. Ainda não estou nos meus 100%, mas sei que isso é uma questão de tempo”, afirma o comerciante, que deu entrada no Complexo no dia 6 deste mês, após o teste do Covid-19 dar positivo. Um dia antes, ele havia ido ao hospital, mas, como não tinha sido atestada a doença e com sintomas leves, foi aconselhado a permanecer em casa, em isolamento, como preconiza as recomendações do Ministério da Saúde. No outro dia, com o agravamento do quadro, ele voltou à unidade, fez o teste e já foi encaminhado para o isolamento, onde permaneceu com suporte de oxigênio externo (não precisou ser intubado) e fazendo uso das medicações prescritas.
Para José Mamede Primo, a experiência, embora um pouco traumática, serviu para reforçar ainda mais sua fé em Deus. “Nos momentos mais angustiantes, era Ele que me confortava e era para Ele que eu direcionava meus pensamentos”, destaca, agradecendo também o tratamento que recebeu do hospital e da equipe que cuidou dele durante os sete dias que permaneceu internado. Ainda receoso, José está feliz de estar de volta à sua casa, onde se recupera sob os cuidados e atenção da esposa. “Nós somos pequenos diante da grandeza de Deus e se Deus me deu a oportunidade de me curar e continuar vivendo vou ser grato a Ele o resto de minha vida”, reitera o comerciante.
Conduta com os pacientes de Covid - O médico intensivista Pedro Augusto, que é um dos profissionais que acompanha o dia a dia no isolamento Covid do Complexo de Patos, explica a conduta com os pacientes respiratórios testados positivo para a doença. “Pensando na doença, que foi dividida em fases, no contexto geral, na primeira fase ainda ambulatorial, o paciente deve receber algumas medicações que diminuem a replicação viral, ou seja, a produção do vírus na célula. Numa segunda fase, onde já há um desconforto respiratório e na fase três, quando o paciente já tem lesão pulmonar grave, a conduta é antibióticos, para combater as infecções oportunistas, a administração de corticoides, para diminuir a inflamação do pulmão, oxigenoterapia, com máscaras a 100% ou ventilação mecânica, a depender do caso, medicamentos sintomáticos e fisioterapia constante, além de broncodilatadores e associado a isso, anticoagulantes, já que se viu que essa doença causa uma infecção generalizada, causando também uma coagulação intravascular, causando uma deficiência no fluxo de sangue”, explica o médico, lembrando que essa conduta é adotada em nível de Brasil e não apenas no hospital de Patos.
Ainda segundo Dr. Pedro, há muitos pacientes chegando ao hospital em quadros já bastante graves, com comprometimento pulmonar crítico, o que reduz as chances de sobrevivência, aumentando a taxa de mortalidade pelo Covid-9. “É muito importante que o paciente na fase um da doença seja acompanhado e medicado corretamente, para que se minimizem as chances dele evoluir para um quadro grave da doença”, reforça o médico.