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Em entrevista à CNN, João Azevêdo debate medidas de enfrentamento da Covid-19

publicado: 19/05/2020 11h18, última modificação: 19/05/2020 11h18
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tags: ENTREVISTA , CNN , MEDIDAS , ENFRENTAMENTO DA COVID-19 , CORONAVÍRUS

 

O governador João Azevêdo debateu, nesta segunda-feira (18), a respeito do enfrentamento da pandemia da Covid-19 durante entrevista concedida à CNN. Na ocasião, foram discutidas as medidas implantadas pelo governo estadual para diminuir a disseminação do novo coronavírus, a ajuda financeira da União para os estados e a necessidade da ampliação do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal. O programa Visão CNN também teve a participação do governador do Maranhão, Flávio Dino. 

Questionado sobre a ajuda financeira da União para os estados, João Azevêdo falou que aguarda a sanção da medida. “O Estado espera há mais de 40 dias, quando o Governo Federal lançou um pacote de auxílio aos estados e municípios, onde estava contido um conjunto de medidas que até agora efetivamente não se concretizaram. À medida que o tempo passa, maior é o déficit de cada estado, isso é natural, eu espero que realmente seja sancionado o mais rápido possível para que a gente possa começar a repor, pelo menos em parte, as perdas que os estados vêm tendo com arrecadação do ICMS, com a diminuição da própria economia. Sabemos que essas medidas não resolverão 100% os problemas dos estados, entretanto, virão para minimizar essa questão”, pontuou.       

Durante a entrevista, o governador também comentou acerca da extensão do prazo do auxílio emergencial do Governo Federal, que inicialmente seria pago para parte da população por três meses. “Isso vai ser visto em função do perfil epidemiológico, do que vai acontecer com o país e estados daqui para frente. Ainda estamos subindo uma ladeira de contaminação e não sabemos quando será o ponto em que começará a ter um decréscimo dessa curva. Esperamos que essa medida dos três meses seja suficiente, mas quem irá indicar isso são os números. Então a extensão desse auxílio pode ser necessária, caso o perfil epidemiológico exija esse fato”, falou.

Ele ainda reforçou a importância do isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus e a necessidade de medidas restritivas que evitem aglomerações. “Reeditamos nosso decreto e estamos com medidas mais restritivas até o dia 31 de maio. Suspendemos o transporte intermunicipal; suspendemos a construção civil na região metropolitana de João Pessoa e também em Campina Grande, porque identificamos focos de contaminação muito altos nesse segmento; suspendemos o transporte de balsas entre regiões do estado; tornamos obrigatório o uso de máscaras em ambientes públicos, inclusive com a aplicação de multas. Não decretamos lockdown, fizemos o endurecimento das medidas de isolamento social”, explicou João Azevêdo.

Uso da cloroquina - Durante entrevista concedida à CNN, foi discutida a utilização do medicamento Cloroquina em pessoas com estágio inicial da doença. Sobre o assnto, João Azevêdo comentou que na Paraíba existe um protocolo elaborado por uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde que incluiu a Cloroquina em alguns casos, mas a utilização depende da autorização dos pacientes.

“Por falta de estudos que sejam conclusivos, ele não tem a garantia da eficácia, entretanto há uma aplicação sim em determinados casos. Sabemos que apenas em ambientes hospitalares esse medicamento pode ser ministrado, até porque as consequências que acontecem em termos de arritmia cardíaca, termos de danos na retina estão sendo comprovados em pacientes que fazem uso desse medicamento, por isso temos que ter um cuidado muito grande”, afirmou. 

 

O chefe do Executivo estadual também frisou a importância do Comitê Científico criado pelo Consórcio Nordeste, que dá suporte e subsidia a tomada de decisão por parte dos governadores. “Temos que fazer a análise, eu não tenho dúvida que, se comprovada a eficácia do medicamento, os médicos farão a sua recomendação. Nesse momento, os médicos é quem têm a palavra final para utilização da Cloroquina. Espero que o próximo protocolo que saia do Ministério da Saúde tenha esse respaldo e dê garantia também para que os médicos e os estados possam analisar da melhor maneira possível”, concluiu.