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Empresas agiam de forma irregular

publicado: 28/07/2023 12h16, última modificação: 28/07/2023 12h16
Equipamentos, como cassetetes e sprays de pimenta, foram apreendidos durante operação da Polícia Federal
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Equipamentos encontrados pela PF só podem ser usados por profissionais treinados - Foto: PF/Divulgação

por Giovannia Brito*

Uma empresa clandestina de segurança privada foi alvo de operação da Polícia Federal, realizada na manhã de ontem. Durante as investigações foi constatada que essa empresa oferecia até mesmo serviços de escolta armada, sem que tivesse registro na PF. Ainda no curso das averiguações, os policiais descobriam que a empresa, com sede na cidade de Remígio, Agreste do estado, foi uma das responsáveis pela segurança do Parque do Povo, durante a realização do Maior São João do Mundo 2023.

“Isso chama muito a nossa atenção, considerando que é um grande e importante evento que recebeu milhares de pessoas e contou com uma empresa que não tinha o registro na Polícia Federal e nem seus prestadores estavam treinados adequadamente”, disse o delegado Carlos André Gastão.

Ele antecipou que as investigações serão aprofundadas nesse aspecto para saber como a empresa vinha sendo contratada por entes públicos municipais. “Não temos informações se vinha sendo feito de forma direta ou por meio de processo licitatório. No caso sendo dessa forma, porque não foi exigido o seu registro e qualificação perante a Polícia Federal?”, questionou.

Durante a operação ‘Benu’ foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Campina Grande, Remígio e Areia, Brejo paraibano. No cumprimento dos mandados foram encontrados cassetetes e sprays de pimenta. “Esses equipamentos de uso de empresa de segurança precisam de treinamento por parte de quem os usa, e isso é acompanhado pela Polícia Federal. Esse é um dos atributos da nossa atuação fiscalizadora. Os vigilantes precisam ter treinamento para usar o spray de pimenta e o bastão para, em caso de uma briga, por exemplo, utilizar de forma correta sem causar um dano maior ou qualquer outro problema, prejudicando quem se encontrar ali no confronto”, informou.

O nome da operação remete a origem da ave cujo nome é utilizado pela empresa investigada.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 28 de julho de 2023.