Contar histórias, uma prática simples que acompanha a humanidade, mas que é capaz de transportar o leitor ou ouvinte para outra situação. E justamente por isso o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, lançou, esta semana, o projeto ‘Contação de histórias’, realizado pelo Serviço Social nas enfermarias pediátricas da unidade.
A iniciativa surgiu da necessidade de promover, entre as crianças internas, atividades que tivessem um propósito não apenas de entretenimento, mas também educativo, como explicou a coordenadora do setor, Neuma Ribeiro. “Nós recebemos a doação de alguns livros infantis e aí pensamos num projeto voltado para a leitura, no qual, futuramente, queremos inserir fantoches e teatros, que puxem para esse lado educativo. Na oportunidade, a gente lê o livro e presenteia as crianças com aquela história que elas gostaram”, salientou.
De acordo com Amélia Hallier, assistente administrativa do Serviço Social e responsável por ler os livros, por meio dessas atividades as crianças podem ser alegradas durante o período de internação, sem risco de contaminação, já que todos os livros passaram por um processo de higienização. “Muitas vezes as crianças são impacientes e com a leitura, com a contação de histórias, elas se sentem valorizadas e ficam mais amáveis. Além de ser uma forma de estimular a cultura, cada livro dentro de uma faixa etária, para que possa criar o hábito da leitura”, ressaltou.
Embora alguns pacientes já conhecessem as narrativas lidas, o virar das páginas conseguiu, ainda que por breves momentos, despertar a curiosidade e prender a atenção até daqueles que estavam sentindo dores. “As crianças usam de muita imaginação e essa é uma oportunidade de tirá-las desse cenário que é a hospitalização”, pontuou Neuma Rodrigues.
Dayjane da Silva, mãe de uma menina de três anos, interna na unidade de saúde, gostou da atividade e destacou que ocasiões como essa são muito importantes para animar as crianças nesse momento delicado. “Essa iniciativa é muito boa, porque alegra mais as crianças”, enfatizou. Já sua filha, assim que recebeu o livro de presente, começou a folheá-lo, observando empolgada as ilustrações e dizendo as semelhanças entre os personagens e sua família.