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Estado divulga boletim sobre febre amarela na Paraíba

publicado: 29/01/2018 20h57, última modificação: 29/01/2018 20h57
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A SES lembra que a Paraíba é considerada área livre para Febre Amarela, sem circulação viral - Foto: Internet

tags: febre amarela , boletim , boletim informativo , saúde , secretaria da saúde


Redação com Secom-PB

O governo do estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgou, nesta segunda-feira (29), o primeiro Boletim Informativo da Febre Amarela, que abrange o período de 1º até 29 de janeiro de 2018. Até a Semana Epidemiológica 4/2018 foram registrados cinco casos de febre amarela na Paraíba, sendo todos em pessoas com histórico de viagem para áreas com transmissão da doença nos últimos 15 dias (São Paulo, Goiás, Minhas Gerais e Rio de Janeiro). Dos casos registrados, quatro foram em João Pessoa e um em Alagoa Grande. A SES ressalta que os casos seguem em investigação, aguardando resultados de exames laboratoriais e investigação epidemiológica.

A SES lembra que a Paraíba é considerada área livre para Febre Amarela, sem circulação viral. Porém, se faz necessário que os serviços de saúde públicos e privados estejam atentos a possíveis casos suspeitos, conforme a Portaria 204/2016 e definição do Ministério da Saúde: “Indivíduo com quadro febril agudo (até sete dias), de início súbito, acompanhado de icterícia ou manifestações hemorrágicas, residente ou precedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos ou isolamento de vírus vetores nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado”. A notificação deve ser comunicada à Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde em até 24 horas.

Monitoramento das ações

A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), cuja letalidade varia de 5 a 10% nos casos poucos sintomáticos, podendo chegar a 50% nos casos graves (aqueles que evoluem com icterícia e hemorragias). O ciclo silvestre de transmissão do vírus da febre amarela envolve primatas não humanos (PNH) e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O homem, quando não imunizado, pode se infectar ao entrar em áreas de mata em ambientes rurais e silvestres onde o vírus ocorre naturalmente. O ciclo de transmissão urbano (por Aedes aegypti) não é registrado no país desde 1942.

A Paraíba não é área endêmica para febre amarela, porém vem intensificando as ações de controle vetorial do Aedes aegypti e realizando ações de vigilância ambiental da febre amarela de forma passiva. Dessa forma, a SES orienta a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti, de forma integrada e continuada, junto às diversas áreas afins no âmbito municipal (Vigilância em Saúde Ambiental, Atenção Básica, Secretaria de Educação, Secretaria de Infraestrutura e Limpeza Urbana, Secretaria de Meio Ambiente, movimentos sociais, entre outros), com objetivo de reduzir os índices de infestação como medida de prevenção.

No que se refere à vigilância dos primatas não humanos (PNH), recomenda-se às Secretarias Municipais da Saúde que em caso de adoecimento ou mortes desses primatas informarem a Secretaria de Estado da Saúde pelos telefones (83) 3218-7491 ou 3218-7434 para as orientações necessárias. Até o momento não foi recebida nenhuma amostra de PNH para análise laboratorial.

Imunização

A recomendação de vacinação para a febre amarela é para o usuário que reside em áreas com recomendação da vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas. Para saber que áreas são essas, clique aqui.

Para tanto, no âmbito estadual, o Núcleo de Imunizações da SES-PB é o setor responsável pela solicitação, recebimento, distribuição e monitoramento dos registros de doses aplicadas, alimentadas pelos 17 municípios que são referências para administração da vacina.