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Fundac realiza ligações virtuais para diminuir distância entre socioeducandos e familiares

publicado: 22/04/2020 11h14, última modificação: 22/04/2020 11h14
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tags: FUNDAC , LIGAÇÕES VIRTUAIS , SOCIOEDUCANDOS , CORONAVÍRUS


Diante da situação vivenciada com a pandemia de covid-19, a Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” vem adotando ações para garantir a saúde dos socioeducandos. Nesse contexto, as visitas dos familiares aos adolescentes e jovens em cumprimento de medida judicial foram suspensas e, para manter a comunicação entre eles, amenizando a ausência física das famílias, foi instituído o uso da ligação virtual. 

Waleska Ramalho, diretora técnica da Fundac, justificou a ação baseada no que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente quanto à convivência familiar e comunitária. “É um dos direitos fundamentais e imprescindíveis para o pleno desenvolvimento de todo adolescente, além de condição primordial para que possamos fazer um trabalho proativo e transformador”, disse. 

“Diante desta pandemia e também das situações de famílias que não visitam frequentemente seus filhos, a alternativa das ligações por vídeo tem permitido minimizar a falta física da família, e possibilita a continuidade do trabalho de fortalecimento dos vínculos familiares, reforçando, assim, a participação da família no acompanhamento da medida. Destaco o papel dos profissionais que estão na dianteira desta ação e todo compromisso ético e técnico na garantia deste direito”, lembrou a diretora técnica da Fundac. 

Para Noaldo Meireles, presidente da Fundac, a ligação por chamada de vídeo foi uma das formas encontradas pela Fundação para minimizar os efeitos da suspensão das visitas familiares durante a pandemia causada pelo coronavírus. “A ideia tem sido bastante eficaz, pois possibilita os adolescentes e jovens verem que seus parentes estão bem, tranquilizando a todos”, disse.

Segundo Cida Pereira, coordenadora do eixo Abordagem Familiar, as ligações estão acontecendo nas sete Unidades Socioeducativas do estado, e para as famílias que não dispõem de internet o contato é garantido através de ligações normais. “As ligações acontecem através de um celular via whatsap, e toda ligação é monitorada pela direção e equipe técnica das unidades”, explicou a coordenadora.

“A Fundac forneceu um aparelho telefônico para garantir o direito à comunicação e à convivência familiar dos jovens que se encontram cumprindo medida socioeducativa no CEJ, assim como nas demais Unidades Socioeducativas do Estado. A ação, realizada pelo corpo técnico da Unidade, com o auxílio da direção, está proporcionando semanalmente a comunicação através de videochamada, e vem aproximando ainda mais os jovens e familiares nesse momento de afastamento social, garantindo maior segurança para todos”, comentou Wendow Lacerda, diretor do CEJ/JP.   

Izaura Rutyelle de Oliveira Santos, vice-diretora do CEA, em Sousa, acredita que a videochamada seja uma contribuição bastante positiva, pois, por meio dela, os meninos ficam mais confortáveis em falar com os familiares, o que normalmente não acontece nos dias de visita presencial devido ao número de pessoas no mesmo espaço. “Outra percepção foi o fortalecimento dos laços para aqueles que tinham um distanciamento maior dos pais e familiares, além da facilidade de expressar os sentimentos e dizer eu te amo”, acrescentou Izaura.

“Os benefícios que percebemos em relação aos educandos são muitos, desde o comportamento ao relacionamento interpessoal com agentes, técnicos e direção, no dia a dia da unidade. Outro benefício que percebemos, junto às famílias, é que eles conseguem demostrar sentimento de amor pelos seus filhos”, pontuou Alexsandro da Silva Fernandes, assistente social do CEA, responsável pela realização das ligações na Unidade. 

“Ouvir o pai de um educando fazer várias declarações de amor dizendo ao filho: “Estamos aqui lhe esperando, te amamos, nunca se esqueça disso”; “Quando chega a sexta-feira já ficamos aqui ansiosos porque no sábado sabemos que vamos poder lhe ver e falar com você”, isso mostra que estamos no caminho certo, fazendo valer o direito do socioeducando neste período que estamos vivenciando o distanciamento social, além de ser a única forma de reduzir o risco de infecção desta pandemia de covid-19”, relatou o assistente social do CEA/JP.