A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) está retomando as atividades de caráter pedagógico profissionalizante nas unidades socioeducativas de privação de liberdade. A volta dos cursos e oficinas do eixo Profissionalização da Fundac vem acontecendo durante este mês de agosto, após quase cinco meses de suspensão devido à pandemia provocada pelo coronavírus.
“Para que o processo de retomada das atividades profissionalizantes acontecessem de forma segura e tranquila, a diretoria técnica da Fundac elaborou um plano de procedimento operacional padrão – POP, para que os socioeducandos em cumprimento de medidas, preferencialmente os que, antes do período de pandemia, estavam participando dos respectivos cursos oferecidos e, se assim o desejarem, ou conforme avaliação técnica, possam retomar as atividades”, explicou Waleska Ramalho, diretora técnica da Fundac.
O plano operacional de retomada das atividades engloba: Triagem; Organização do Fluxo; Acesso; Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s; e Entrada de Materiais. “Tudo para promover o retorno dos socioeducandos, às atividades de profissionalização, dentro das normas de biossegurança”, enfatizou a diretora técnica da Fundac.
Segundo Silvana Cibelle, coordenadora do eixo Profissionalização da Fundac, a proposta é oferecer aos adolescentes e jovens o retorno aos cursos e oficinas tomando todos os cuidados necessários para proteção individual da comunidade socioeducativa envolvida. Será realizada uma avaliação em todas as unidades participantes, logo no final do primeiro mês de atividades, para definição sobre continuidade ou não. Houve ainda uma orientação inicial realizada com os próprios socioeducandos e equipes técnicas das unidades sobre a questão da manutenção de todos os cuidados necessários.
“Estamos levando em conta os protocolos de Governo para o Novo Normal, como também os protocolos internos da Fundac, iniciados para a retomada dessa e outras atividades direcionadas aos socioeducandos. Esse retorno começará em quatro das unidades do Estado e, a partir delas, iremos avaliar a possibilidade do retorno nas demais Unidades, lembrando também, a participação de outras parcerias de atuação na realização desses cursos”, destacou Silvana Cibelle.
No Lar do Garoto, foram retomadas as atividades do Programa Aprendizagem na Socioeducação, realizado em parceria com o Senac e a empresa AeC. As atividades estão sendo realizadas de forma remota em sala reorganizada para garantir um espaço melhor de segurança entre os participantes. Nela, 19 adolescentes e jovens, estão divididos em duas turmas, uma de 10 alunos e outra de nove.
Já a Oficina de Tecelagem Manual, também realizada no Lar do Garoto, será retomada dia 31 de agosto, com a participação de 16 alunos, divididos em quatro turmas de quatro alunos.
No Centro Socioeducativo Edson Mota, foram retomadas as aulas da Oficina de Tecelagem Manual, com a inserção de 24 adolescentes, divididos em seis turmas de quatro alunos. “Todos utilizando máscaras e luvas descartáveis para a realização das aulas, e álcool em gel durante toda a atividade. Além disso, os equipamentos estão devidamente afastados para manter o distanciamento necessário entre os adolescentes e o professor ministrante toma os mesmos cuidados e utiliza iguais EPIs”, frisou a coordenadora.
“No Centro Educacional do Jovem e no Centro Educacional Adolescente, começamos o Curso de Fabricação de Materiais de Limpeza, com a participação de oito jovens no CEJ e sete no CEA, todos em cumprimento de sentença. As aulas são realizadas em, no máximo, 1h30, assim como acontece em outros cursos em andamento. A diferença é que a carga horária desse curso é maior e cada turma terá dois dias de aulas por semana”, pontuou Silvana.
A coordenadora do eixo Profissionalização explicou ainda que os cuidados são redobrados e os EPIs têm suas particularidades em decorrência dos cursos. “Todos usam máscaras, luvas em látex e botas de EPI e são orientados quanto ao distanciamento seguro. Para as aulas de tear, os equipamentos também estão sendo higienizados entre aulas, com álcool 70%”, concluiu.