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Governo paraibano avalia cobertura e calendário vacinal

publicado: 26/01/2018 22h07, última modificação: 26/01/2018 22h07
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Para que as vacinas enviadas mensalmente pelo Ministério da Saúde cheguem em quantidade suficiente para a população-alvo de cada município, é preciso que o sistema esteja alimentado corretamente - Foto: Secom-PB

tags: cobertura vacinal , calendário de vacinas , secretaria estadual da saúde , saúde


Redação com Secom-PB

O governo do estado, por meio do Núcleo de Imunização, realizou na tarde dessa quinta-feira (25) uma reunião sobre as coberturas vacinais e mudanças do calendário vacinal. A reunião aconteceu na sede da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), em João Pessoa. Participaram do encontro aproximadamente 40 profissionais, entre gerentes e coordenadores regionais de imunização, além de representantes dos Conselhos Intergestores Regionais (CIR) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).

Durante toda a tarde foram abordados temas como a cobertura vacinal de 2017, problemas de notificação no sistema, além das estratégias para uma melhor cobertura. Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega, a cobertura vacinal hoje no estado ainda está inferior ao desejado. “A situação da cobertura vacinal do ano passado ainda não está fechada, os municípios têm até 31 de março deste ano para finalizar a parte da digitação no sistema e tentar traçar estratégias para que a gente consiga melhorar a cobertura, pois hoje ela está bem aquém do que é preconizado pelo Ministério da Saúde”, disse.

Renata ressaltou que a vacina é um direito da criança. “Qualquer hora em que a criança chegue à unidade de saúde ela tem o direito à vacina. Mas é importante lembrar que essa vacina precisa ser registrada. Enquanto gestão do SUS, não adianta só aplicar a vacina e não fazer esses registros, porque só assim temos como ter a real noção da cobertura vacinal no estado”, explicou Renata.

A assessora técnica do Cosems-PB, Ana Lígia Passos, afirmou que a reunião é importante para passar a realidade da imunização, tanto dos municípios quanto do estado em geral, alertando para que as informações sejam sempre colocadas no sistema. “Sabemos que há uma incompatibilidade entre o que está na base de dados e o que está no Ministério da Saúde. Muitas vezes os municípios chegam a reclamar que isto está acontecendo, mas não oficializam. É importante que os municípios nessa situação oficializem a reclamação à SES-PB, peça ajuda ao Cosems, porque só assim o estado tem como cobrar do Ministério da Saúde o porquê dessa informação não estar chegando em nossa base de dados em Brasília”, explicou.

A coordenadora estadual de imunização, Isiane Queiroga, lembrou que, diante da necessidade de melhorar as coberturas vacinais, a SES-PB apresentou às Secretarias Municipais de Saúde, no início de janeiro deste ano, os resultados parciais de vacinação em 2017. A intenção foi avaliar a vacinação em cada município, comparando o primeiro e segundo semestre do calendário vacinal em crianças menores de um ano, um ano e adolescentes (HPV) preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Para termos boas coberturas vacinais e evitarmos o ressurgimento das doenças imunopreveníveis, não depende apenas de ofertar as vacinas, mas também ter o correto controle e registro das doses aplicadas por meio do sistema oficial de alimentação, o SI-PNI, além de garantir o acondicionamento adequado dos imunobiológicos na cadeia de frio”, alertou.

 “Para que as vacinas enviadas mensalmente pelo Ministério da Saúde cheguem em quantidade suficiente para a população-alvo de cada município, é preciso que o sistema (que informa as doses aplicadas) esteja alimentado corretamente. Alertamos aos gestores que mantenham os dados atualizados”, informou Isiane.

O Programa Estadual de Imunização da Paraíba tem investido na melhoria das coberturas vacinais, na conservação adequada dos imunobiológicos, qualificação das equipes, na ampliação do acesso à vacinação e, consequentemente, erradicação e controle das doenças imunopreveníveis.