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Manifestantes realizam ato em defesa das mulheres

publicado: 01/06/2016 20h36, última modificação: 01/06/2016 20h36
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Centenas de pessoas se reuniram na Orla de João Pessoa em mobilização contra a cultura do estupro - Foto: Marcos Russo

tags: ato por elas , violência contra a mulher


Feliphe Rojas
- Especial para A União

O Busto de Tamandaré foi palco, na noite dessa quarta-feira (1), do "Ato por todas elas", que levou centenas de pessoas à estátua do almirante para se manifestarem contra a cultura do estupro e o machismo. Na ocasião, uma ciranda foi realizada e vários gritos de ordem foram entoados contra o patriarcalismo, o governo Michel Temer e a Rede Globo. Os manifestantes portavam ainda cartazes e faixas nos quais expressavam a indignação com a cultura do estupro, e contaram com o apoio logístico de um carro de som.

O ato faz parte de uma jornada nacional de manifestações motivadas pelo estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos por 33 homens no Rio de Janeiro, na madrugada de 21 de maio. Uma das organizadoras do evento, Luiza Oliveira, explicou que um manifesto foi elaborado e será divulgado e entregue às autoridades governamentais. "O ato faz parte de uma mobilização nacional e quando eu soube, me juntei com mulheres de coletivos feministas e resolvemos fazer o ato aqui em João Pessoa. O manifesto já está pronto e após o movimento, o divulgaremos nas páginas sociais e entregaremos às entidades governamentais e à Delegacia da Mulher", explicou.

O Governo do Estado esteve representado pela secretária de Estado da Mulher, Gilberta Soares, que destacou as ações do governo em favor do público feminino. "O Governo do Estado atua através de três frentes: uma é a repressão através da atuação da Segurança Pública, com o fortalecimento da Delegacia da Mulher, com a prisão de agressores e aplicação da Lei Maria da Penha; a outra frente é com a assistência social, psicológica e jurídica para mulheres vítimas de violência através dos Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] e da Casa Abrigo;  e o trabalho educativo, através das campanhas que trabalham as mudanças de mentalidade e a desconstrução de paradigmas, nesse caso em específico, a cultura do estupro", explicou.