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incêndio de ônibus

Motorista morre e suspeito é preso

publicado: 01/08/2023 10h15, última modificação: 01/08/2023 10h15
Antônio Gomes da Silva confessou que levou ao local do crime as pessoas responsáveis por atear fogo ao veículo
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Por vinte minutos, motoristas fizeram protesto na Lagoa - Foto: Roberto Guedes
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O motorista do ônibus morreu no Trauma; crime ocorreu no dia 18 do mês passado, no bairro do Padre Zé - Foto: Redes Sociais
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Ônibus queimado.jpeg

por Cardoso Filho*

Um dos suspeitos de participação no incêndio a um ônibus da empresa Transnacional que provocou ferimentos em três pessoas foi preso no último fim de semana. No sábado (29), uma das vítimas do crime, o motorista Silvano da Silva, de 48 anos, morreu no Hospital de Emergência e Trauma da capital.

O suspeito detido pela polícia é Antônio Gomes da Silva, de 44 anos, que já havia sido preso na semana passada e liberado em audiência de custódia no sábado. Porém, no domingo, após a morte do motorista Silvano da Silva, ele voltou a ser detido, desta vez em decorrência de mandado expedido pela juíza Higyna Josita Simões de Almeida. O suspeito foi localizado em sua residência, no bairro Mutirão, em Bayeux.

Na manhã de ontem, representantes dos órgãos que integram a Força Tarefa da Segurança do estado concederam entrevista na sede da Polícia Federal para falar sobre a prisão de Antônio Gomes e também das investigações que continuam sob o comando da Polícia Civil da Paraíba.

O delegado Guilherme Torres, da Polícia Federal, falou da prisão do suspeito e revelou que o celular de Antônio foi periciado por integrantes da PF, mas tanto ele, como o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do estado, Jean Nunes, disseram que as investigações continuam em completo sigilo.

O secretário disse que o trabalho da polícia continua com o objetivo de localizar os demais envolvidos. “Temos uma pessoa presa, um veículo apreendido que estava com balde de combustível, e falta o suspeito informar quem são os outros que participaram do crime”, explicou. O carro pertence a Antônio.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Sérgio Fonseca, falou da participação da PM nessa integração da Força Tarefa. Segundo ele, o suspeito preso é dono do carro usado no crime. No veículo, foi encontrado um galão com forte cheiro de combustível. O dono do veículo informou à polícia que é motorista de transporte alternativo e revelou que transportou os suspeitos para atear fogo no ônibus.

Sepultamento

No cemitério do Cristo Redentor, foi sepultado o corpo do motorista Silvano da Silva, com acompanhamento de familiares e companheiros que demonstraram confiança no trabalho da polícia na identificação e prisão dos suspeitos.

Silvano exercia a profissão naquela empresa há 22 anos. Ele foi internado no dia 18 de julho, no Hospital de Emergência e Trauma, da capital, com mais da metade do corpo queimado. No sábado (29), o serviço social do hospital confirmou a morte do motorista.

Protesto

Por volta de meio-dia de ontem, um grupo de motoristas de ônibus realizou uma rápida paralisação no terminal do Parque Solon de Lucena (Lagoa), pedindo por justiça e pela prisão dos responsáveis. Por cerca de 20 minutos, os ônibus permaneceram parados naquele local. Dois ônibus estavam com uma faixa com o nome “luto”, em referência à morte de Silvano. Na ocasião, os motoristas também voltaram a falar sobre o trabalho da polícia.

Segundo o presidente do sindicato que representa a categoria, Ronne Nunes, os motoristas pedem mais segurança e a volta das blitze nos transportes coletivos.

Entenda o caso

O ônibus da Empresa Transnacional, que fazia a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro, foi vítima de criminosos por volta das 21h do dia 18 do mês passado, quando estava no bairro Padre Zé. O veículo ainda sai queimado, batendo no muro de um Posto de Saúde da Família, mas, antes, as pessoas que estavam no seu interior conseguiram sair, mas todos com os corpos queimados e o motorista com maior gravidade.

Moradores da localidade iniciaram os primeiros procedimentos na tentativa de apagar o fogo, mas as chamas só foram controladas pelo Corpo de Bombeiros, que isolou a área até a chegada da Polícia Militar, Polícia Civil e peritos do Instituto de Polícia Científica.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 01 de agosto de 2023.