Notícias

Novo deslizamento atinge a Barreira do Cabo Branco em JP

publicado: 16/09/2017 00h05, última modificação: 16/09/2017 09h59
deslizamento-barreira_c_branco-f-mrusso (1).jpg

O deslizamento pode ter sido o de maior gravidade nos últimos anos, já que chegou a atingir a galeria pluvial - Foto: Marcos Russo

tags: cabo branco , praça de iemanjá


Marcos Lima

Mais uma parte da barreira do Cabo Branco voltou a deslizar na manhã dessa sexta-feira (15), o que levou às pressas a Defesa Civil à tomada de medidas emergenciais e orientações aos banhistas. Desta vez o desmoronamento está situado em torno de 100 metros da Praça de Iemanjá, no final da Praia de Cabo Branco e, no momento do ocorrido, causou bastante medo à transeuntes que passavam pelo local. As recentes chuvas, ventos fortes, maré alta e a erosão sobre o local foram apontados como os principais motivos para a queda da falésia que derrubou também algumas árvores.

Noé Estrela, coordenador da Defesa Civil da Capital justificou o deslizamento atribuindo a culpa aos fenômenos da natureza e agradeceu por não ter causado qualquer acidente com populares. Ele afirmou que o tráfego de pessoas já estava proibido e que continuará interditado o acesso à população. “Graças a Deus não houve qualquer registro de acidente”, comemorou ele.

A Defesa Civil reconhece que os recentes deslizamentos que ocorrem na barreira do Cabo Branco fazem parte de um processo natural por parte do mar que está descalçando as falésias havendo infiltração principalmente no período de chuva. “A vulnerabilidade da falésia é extrema e o local está sempre em risco. São fatos normais esses deslocamentos”, alegou o coordenador em entrevista a jornalistas.

Minutos antes do deslizamento da barreira, o trabalhador braçal Josenildo Cavalcanti da Silva havia passado pelo local. “Eu mesmo tinha acabado de passar pelo local e estava tudo intacto. Ao retornar, me deparei com o deslizamento e já uma aglomeração de pessoas observando “, afirmou Josenildo Cavalcanti da Silva, residente em Mandacaru que, costumeiramente prestigia as ondas do final da Praia de Cabo Branco. “Sempre transito com muito cuidado e procuro também avisar a outras pessoas, principalmente a turistas, sobre o perigo que são essas barreiras”, acrescentou ele.

O deslizamento da barreira pode ter sido o de maior gravidade nos últimos anos, haja vista que chegou a atingir a galeria pluvial que divide o asfalto com as falésias, ameaçando de futuras quedas até alguns postes de iluminação pública. “A gente vem tomar banho aqui porque gostamos e achamos muito bonito, por se tratar de um cartão postal da nossa cidade, mas, sabemos o perigo do que é está aqui”, afirmou Rosineide da Silva, banhista que se encontrava com a família momentos depois da queda da barreira.

O ciclista João Filho lamenta a falta de atenção dos órgãos públicos com a situação. “É motivo de muita preocupação, porque transitamos por aqui e não estamos livres de qualquer tragédia. Para nós, todo cuidado é pouco, uma vez que redobramos a atenção no momento de nossas pedaladas. É preciso que os órgãos competentes façam alguma coisa com urgência”, disse.
As falésias do Cabo Branco vêm sofrendo com esses problemas de deslizamento ao longo do anos devido a falta de projetos concretos de contenções aos desmoronamento. A barreira sofre com o desgaste do solo - que pode ser natural ou por ação do homem - há 15 anos e tem vários trechos interditados, com trânsito de veículos restrito e acessos desviados.