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Obra na avenida Beira Rio não avança e prejudica o trânsito

publicado: 12/03/2016 12h22, última modificação: 12/03/2016 12h22
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Previsão é que transtorno se estenda por mais dois anos com atraso na obra - Foto: Edson Matos

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Janielle Ventura
- Especial para A União

Transtorno no trânsito, estresse, acidentes e insegurança. Esse é o dia a dia da população que passa todos os dias pela Avenida Beira Rio, no trecho onde está sendo construída a ponte sobre o rio Jaguaribe. Moradores e motoristas reclamam da paralisação da obra e da demora. A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito Luciano Cartaxo em junho de 2014, mas segundo o engenheiro da obra, Fabrício Zaccara, a construção só começou em julho de 2015, com investimento ultrapassando R$ 4 milhões.

Em conversa com o jornal A União, o serralheiro Thiago Xavier diz que a obra estava parada há muito tempo e parte das árvores do local foi arrancada para que a construção continuasse. "Começou há muito tempo, nem sei quanto tempo faz. O que sabemos é que é para a construção de uma ponte, mas até agora não estamos vendo nada", lamentou.

No horário de pico, enfrentar o trânsito torna-se uma batalha, tanto para ele quanto para o motorista José da Penha. Os dois relatam que naquele local sempre há acidentes entre carros e motos devido ao trânsito lento e congestionado. Um sério risco também para os pedestres que não têm lugar específico para transitar.

"Eles interditam e afastam, estreitando ainda mais a avenida e viabilizar a obra. Mas não tiveram ideia de fazer uma passagem para o pedestre. Imagine uma senhora ou um senhor com uma criança passando por ali. É muito perigoso", reclamou o motorista. Reconhecendo a importância da obra, ele lembra dos alagamentos frequentes naquele local nos dias de inverno. Porém, ele diz que a promessa da ponte está demorando muito para ser cumprida.

A obra de construção da ponte, que invadiu parte da Avenida Beira Rio, ficou parada por muito tempo, de acordo com moradoresA obra

Explicando a situação dos atrasos, o engenheiro diz que muitos imprevistos aconteceram ao longo da construção. Entre as interferências estão tubulação de gás, esgoto, rede elétrica e cabeamento lógico. "O cabeamento que passa por aqui demanda a rede de internet de todo o Nordeste. Então, as fundações da obra tiveram que ser totalmente recalculadas, porque o solo é muito ruim", ressaltou.

Após resolvida a parte de fundação, ele explica que a obra em si começou de verdade em dezembro de 2015, apesar do trânsito ter sido paralisado em julho para a cravação das estacas. A previsão de entrega da obra deve se estender por cerca de dois anos, e o motivo, segundo Fabrício, é que a obra não é limitada apenas na construção da ponte.

Ele enfatiza que toda a parte de drenagem dos arredores já foi executada e isso é perceptível devido a ausência de alagamento na área desde o ano passado. Até o fim do ano, ele prevê que a primeira parte da ponte, sentido praia-centro, estará concluída. Após essa conclusão, a outra parte, sentido centro-praia, começará a ser feita.