Cerca de 20 adolescentes que cumprem medidas judiciais no Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE) participaram da aula inaugural do Curso Básico de Informática, na manhã de sábado (16), no laboratório de Informática da unidade socioeducativa do Estado. A atividade é fruto da parceria entre a Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), a Fundação Sistêmica e a empresa de tecnologia da informação Indra Company, e busca contribuir com a formação e profissionalização de socioeducandos do Estado.
A aula inaugural contou com a presença da presidente da Fundac, Waleska Ramalho, do diretor do CSE, Davi Lira, e de Bruna Laiza, representante da Fundação Sistêmica, que junto aos profissionais da Indra Company acompanharam o início das atividades e a assinatura do termo de parceria entre as instituições.
Segundo Davi Lira, diretor do CSE, o curso básico de informática está sendo inicialmente ofertado para 20 socioeducandos do CSE e terá duração de seis meses. “A iniciativa conjunta das três instituições: Fundac (CSE), Fundação Sistêmica e a Indra Company certamente se constituirá em mais uma janela de oportunidade aos adolescentes participantes, dada a desenvoltura com que se debruçam às atividades ofertadas na unidade”, comentou.
A Fundação Sistêmica é uma organização da sociedade civil, de interesse público, cuja missão é contribuir com o desenvolvimento humano e social, considerando o potencial dos talentos, experiências e recursos locais, numa perspectiva sistêmica, com vistas à formação de redes sociais e organizacionais para o fortalecimento da cidadania, da garantia de direitos humanos e da eficiência na gestão organizacional e comunitária.
De acordo com Lívio Lima, coordenador geral da Fundação Sistêmica, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o compromisso na defesa dos direitos da criança e adolescente é inicialmente da família, mas também do Estado e de toda a sociedade. “Então, ao termos decidido ofertar um curso básico de informática aos adolescentes do CSE, com apoio da Indra Company, estamos tão somente cumprindo nossas responsabilidades sociais”, disse.
“Entendemos que dada à garra com que esses jovens se dedicam às oportunidades que lhes são ofertadas na unidade, essa iniciativa certamente muito contribuirá em suas vidas, seja reduzindo a reincidência do conflito com a lei, como facilitando ainda mais a abertura de novos horizontes de atuação na sociedade”, acrescentou Lívio Lima.
O gestor de produção da Indra Company, Rodolfo Pedra, ficou surpreso com a capacidade de aprendizagem rápida dos adolescentes. “Primeiro dia de aula já foi muito proveitoso. Até os que nunca tiveram contato com informática conseguiram realizar os exercícios com sucesso. Estou muito feliz por fazer parte desse projeto, espero que tenha uma continuidade bacana e que no futuro a gente possa vê-los trabalhando com tecnologia da informação (TI) e informática em geral”, observou.
Para Eça Fernandes, gerente de projetos na Indra Company, é muito gratificante colaborar com a aprendizagem em informática dos socioeducandos. “Nossa expectativa é que a gente consiga aproveitar os alunos que se interessarem em seguir esse caminho da TI, para trabalhar conosco na Indra”, enfatizou.