A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um complexo trabalho investigativo realizado pela Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, com apoio do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), esclareceu na manhã dessa sexta-feira (25), durante uma entrevista coletiva, como ocorreu o homicídio que teve como vítima a vendedora Vivianny Crisley.
De acordo com o delegado da Homicídios, Reinaldo Nóbrega, a vendedora foi morta após receber vários golpes de chaves de fenda na cabeça, quando ela ainda estava dentro do carro com os três suspeitos que já foram presos: Alex Aurélio Tomás dos Santos, de 22 anos, Jobson Barbosa da Silva Júnior, e Fagner das Chagas Silva.
“Eles contaram que chamaram Vivianny para terminar a noite em outro bar, então entraram todos no carro para procurar esse local. Mas não encontraram. Como Vivianny já estava pedindo para ir embora, os suspeitos se irritaram e pararam na casa de Juninho, em Bayeux. Alex e Juninho entraram na casa e Vivianny ficou no carro em companhia de Fagner. Na volta para o carro, Juninho e Alex atacaram a vítima com as chaves de fenda, tiraram a gasolina de uma motocicleta que estava na frente da residência e foram até um matagal para queimar o corpo de Vivianny. Lá eles utilizaram um pneu de uma bicicleta para acelerar a combustão”, disse a autoridade policial.
Ainda segundo o delegado Reinaldo Nóbrega, como foi o primeiro a ser preso, de certa forma, Allex Tomás relatou uma história fantasiosa que levou a Polícia a pedir a prisão temporária de um quarto homem “Depois de ouvir os outros dois presos e de aplicar as técnicas da investigação criminal, este último homem detido não teve envolvimento com o assassinato de Vivianny e vamos pedir pela revogação da prisão dele”, afirmou Nóbrega.
Em depoimento, os três suspeitos confessaram que a vendedora foi morta porque gritava para ir para casa. Eles disseram que conheceram Vivianny naquele dia, durante a festa na casa de show, na zona Sul da Capital. No dia seguinte, Allex teria voltado ao local para incendiar o carro em que Vivianny foi morta.
O Instituto de Polícia Científica (IPC), por meio do gerente operacional dos núcleos de Medicina Legal da Paraíba, o médio legista Flávio Fabres, informou que os exames realizados nos restos mortais de Vivianny mostraram que o corpo não foi esquartejado, que o fogo teria destruído a parte do tórax da vítima e que o avançado estado de decomposição dificultou o trabalho da perícia. “Por conta de uma séria de fatores, o laudo da perícia que sairá não vai apontar a causa da morte definida”, frisou.
O inquérito será concluído na próxima semana e os três presos vão responder pelos crimes de sequestro, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. As prisões temporárias serão requisitadas para serem transformadas em preventivas. O trio segue preso na Central de Polícia em João Pessoa.