Rodrigo Rodrigues - Especial para A União
A Polícia Rodoviária Federal vem intensificando as fiscalizações com radares na BR-230, na Paraíba, desde a última segunda-feira (1º). Em quase quatro horas de operação, foram flagrados 434 veículos cometendo abuso de velocidade entre Santa Rita e São Miguel de Taipu. Nesse trecho, a PRF utilizou dois radares fotográficos que antecipam em até um quilômetro de distância o registro da velocidade do veículo. Com a operação denominada “Pé no Freio”, a PRF pretende reforçar até a Quarta-Feira de Cinzas, dia 10 de fevereiro, as fiscalizações nos locais considerados, segundo dados estatísticos, trechos críticos com maior incidência de acidentes por excesso de velocidade dos condutores.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal na Paraíba, em 2015 foram contabilizados 302 acidentes provocados por excesso de velocidade, representado 10,96% do total de desastres no Estado. No total, 75 pessoas saíram feridas gravemente e 22 morreram. Em contrapartida, o aumento da fiscalização de velocidade e de autuações desse tipo proporcionou uma queda de 25,6% nos acidentes que tiveram essa causa como fator determinante.
Registro a distância
O equipamento já utilizado pelos policiais rodoviários federais é capaz de capturar imagens em até um quilômetro de distância e funciona por até oito horas seguidas em qualquer condição climática. Segundo a PRF, primeiro a foto é tirada com o limite máximo que o dispositivo suporta. Após o primeiro registro, outra foto é tirada para identificar a silhueta e a placa do veículo. O radar vem para ajudar a coibir os abusos de motoristas imprudentes e tentar garantir mais tranquilidade para quem trafega dentro das normas, pois muitas vezes os condutores responsáveis são vítimas das inconsequências de outros motoristas.
A imprudência é um dos fatores preponderantes no aumento do índice de acidentes no Brasil. Embora na Paraíba esses números venham sendo reduzidos a cada ano, o excesso de velocidade ainda é apontado como um dos maiores culpados, já que é considerado, juntamente com a embriaguez ao volante e as ultrapassagens forçadas, causador de ocorrências com altíssimos riscos de lesões graves e mortes.
Radares sequenciados
A operação está sendo realizada de modo diferente àquela convencionalmente utilizada. Os radares estão sendo posicionados estrategicamente a 15 quilômetros de distância um do outro para que a percepção de fiscalização seja maior, a exemplo dos já citados entre os municípios de Santa Rita e São Miguel de Taipu.
Motoristas que sempre adotam a estratégia de diminuir a velocidade próximo aos radares fixos, sabendo onde eles se encontram, agora terão suas intenções frustradas com os equipamentos móveis da PRF. Ainda que o condutor perceba a presença da equipe da PRF e, consequentemente, reduza a velocidade, o flagrante já foi feito, pois o alcance do equipamento opera com, no mínimo, 500 metros do alvo, ou seja, quando a fiscalização é vista pelo motorista o registro já foi feito pela PRF.