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Reforma da Lagoa traz perigos à população

publicado: 09/03/2016 00h05, última modificação: 08/03/2016 21h02
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Os pedestres têm que optar em caminhar pelo meio-fio estreito ou dividir o espaço na rua com os carros e os ônibus - Foto: Marcos Russo

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Feliphe Rojas
- Especial para A União

Desde a interdição do anel interno do Parque Solon de Lucena, na segunda fase da obra de revitalização da Lagoa, vários problemas vêm sendo registrados pela população. O primeiro aconteceu com a mudança no trânsito do local. Os ônibus passaram a transitar em uma via que foi construída na parte externa da Lagoa e novas plataformas com paradas de ônibus foram construídas para servir à demanda de passageiros. O problema é que com as mudanças a população reclama dos engarrafamentos e da dificuldade de acessar a plataforma.

No início, o principal transtorno era a confusão com as linhas que passavam em cada plataforma, mas aos poucos os passageiros foram se acostumando à mudança. Entretanto, outros problemas foram observados com o passar dos dias. O principal deles é o acesso às plataformas. Para conseguir, é preciso se arriscar por um meio-fio estreito, ou dividir o espaço das ruas com os carros e ônibus. Foi o caso da dona de casa Letícia Alves, que para chegar à sua plataforma precisou disputar a rua com os carros levando uma criança de colo nos braços. O momento foi registrado pelo fotógrafo do jornal A União.

"É horrível. Eu preciso pegar o ônibus ali e está péssimo. Eu senti muito medo de ser atropelada ou de cair com a criança no meio da rua", relatou Letícia. Apesar de existir a opção de atravessar a rua e andar nas calçadas dos estabelecimentos comerciais do anel externo da Lagoa, pouquíssimas pessoas optavam por fazer este trajeto. A maioria preferia se arriscar pelo meio-fio ou nas beiradas das pistas, como Letícia. Outro problema registrado pela reportagem do jornal A União foi referente à estrutura das plataformas. A cobertura delas não dava conta de oferecer uma sombra às pessoas que ocupavam os pontos de ônibus e muitas ficavam expostas ao sol.

A reportagem do jornal A União ligou para a assessoria da Secretaria de Infraestrutura para saber a posição do órgão sobre os problemas estruturais de acesso às plataformas, porém não foi atendida. A Prefeitura de João Pessoa estima que as obras estarão concluídas até o mês de junho.