O Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) trabalha nos ajustes finais para entregar a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) de pequeno porte completamente automatizada. O município contemplado é São José do Bonfim, no Sertão do Estado, que, nas próximas semanas, vai receber água tratada vinda de uma estação operada 100% à distância. A tecnologia vai trazer uma economia de R$ 28 mil por mês com energia elétrica e mão de obra.
A Cagepa vem implantando sistemas controlados remotamente desde 2010 e, a partir de agora, será também aplicada em ETAs de pequeno porte. A ideia é, por meio de um sistema digitalizado, fazer com que seja possível acionar os conjuntos motobomba e programar o controle do nível do reservatório à distância, evitando as perdas de extravasamento e o bombeamento desnecessário. A estação de São José do Bonfim será monitorada 24 horas por dia a partir do Centro de Controle e Operação (CCO) situado na cidade de Patos.
O trabalho foi desenvolvido e implementado completamente pela nova Gerência de Controle Operacional e de Automação (Geca), com a contribuição do pessoal das Gerências Regionais das Espinharas, do Brejo e do Alto Piranhas. “A ETA é do tipo convencional em fibra de vidro, com capacidade de tratar sete litros de água por segundo e irá atender a cidade de São José do Bonfim, trazendo água tratada para os 3.200 habitantes do município”, explicou o gerente de Controle Operacional e de Automação, Luciano Nóbrega.
Luciano destacou que, por determinação do presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Neves, esse case de sucesso será replicado em outras 15 estações de pequeno porte espalhadas pelo estado. “A Cagepa investiu R$ 60 mil na tecnologia, mas com tanta economia de energia e mão de obra, em menos de três meses teremos o retorno desse investimento. Além da economia, é importante destacar a qualidade e confiabilidade ao processo de tratamento de água que a automação trará”, disse.
Nova gerência - Como parte da proposta de melhorias na gestão da empresa, duas gerências da Diretoria de Operação e Manutenção foram fundidas: a Gerência de Controle Operacional e a Gerência de Automação. Agora, elas formam a Gerência de Controle Operacional e de Automação (Geca), com o engenheiro Luciano Nóbrega à frente do setor.
A demanda prioritária é o planejamento para que, no prazo de dois anos, todos os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário operados pela Cagepa sejam automatizados. “O corpo técnico da Geca está visitando todas as gerências regionais para coletar informações que servirão de base para esse planejamento, além de verificar como estão os trabalhos em andamento na área de operação e automação dos sistemas”, pontuou Luciano.