Técnicos da Gerência Operacional de Média Complexidade, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), concluíram nessa sexta-feira (1º), no município de Várzea, o monitoramento in loco dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) Regionais, iniciado no último mês de junho, cujo objetivo foi fortalecer as equipes de profissionais, dando suporte técnico e assessoramento, além de verificar como está o funcionamento desses equipamentos, sobretudo durante o período de pandemia.
Os Creas Regionais são equipamentos da assistência social responsáveis por atender pessoas e famílias em situação de risco social ou violação de direitos. O Governo da Paraíba mantém, por meio da Sedh, e de maneira pioneira no país, 26 Creas Regionais que com seus vinculados atendem 152 municípios, os quais somados aos Creas municipais, representam uma cobertura total do território paraibano.
A equipe técnica da Sedh, composta pela gerente operacional de Média Complexidade, Andrezza Ribeiro; coordenadora estadual dos Creas, Elaíne Amorim, e pela técnica de Referência do Território 2, Sonale Fernandes, visitou durante toda semana os municípios polos de Ibiara, Tavares, Olho D'água, Malta e Várzea, abrangendo os 22 municípios vinculados: Polo Várzea - Quixaba, Passagem, Cacimba de Areia, São José do Bonfim e Areia de Baraúna; Polo Malta: Condado, Vista Serrana, São Bento de Pombal, São José de Espinharas e Paulista; Polo Olho D'água: Igaraçu, Emas, Aguiar e Santa Terezinha; Polo Ibiara: Diamante, Santa Inês, Boa Ventura e Pedra Branca; Polo Tavares: Imaculada, Água Branca, Juru e São José de Princesa.
A gerente Operacional de Média Complexidade, Andrezza Ribeiro, avalia que o trabalho realizado pela Sedh é de grande relevância e extrema importância: “Estar presencialmente nos territórios e reabastecer a equipe de esperança por oportunizar momentos de construção com os profissionais dos Creas Regionais, profissionais que compõem as redes de proteção socioassistencial e gestores das secretarias de Assistência Social dos municípios vinculados”.
Com relação à prestação dos serviços, ela comentou nos vários municípios foram encontrados profissionais dispostos a fortalecer a política de assistência social nos territórios, que ressaltaram a necessidade de formações, de mais contribuições para o funcionamento da articulação em rede. “Encerrado esse monitoramento, fecharemos o relatório apontando necessidades de reordenamentos para atender da melhor forma possível e viável, melhorando o atendimento aos usuários que necessitam dos serviços dos Creas Regionais que hoje são referência nacional no que tange a práticas exitosas dentro da política de Assistência Social”, afirmou Andrezza Ribeiro.
Para a coordenadora Regional do Polo Várzea, Maria Naiara Medeiros Matias, “o monitoramento que a Sedh está fazendo com os polos, com os Creas Regionais, nada mais é que a materialização do cuidado que o Governo tem com a política de assistência social no Estado, em especializar, melhorar, porque monitorar é observar o que está sendo realizado, as possíveis falhas e buscar sanar, trazer qualidade e melhorar. Estratégia riquíssima, super válida e acredito que a partir daí virão novos desafios, para que possamos ter nosso objetivo alcançado, que é a garantia de direitos”.
Ana Cláudia, coordenadora do Cras de Quixaba, disse que a “avaliação desse monitoramento é muito positiva, na medida em que podemos sincronizar nosso atendimento às famílias, que é nosso principal foco. Quando a Sedh vem escutar nossas demandas, assim podemos alinhar nosso trabalho, e desenvolver um trabalho mais eficiente e eficaz com essas famílias. O Creas Regional de Várzea tem atendido de forma muito positiva nosso município, e dentro do planejamento, buscado fortalecer nossas ações”.
Elaíne Amorim lembra que nessa fase de pandemia as reuniões ocorreram de maneira virtual, o que deixa as pessoas um pouco distantes. “O monitoramento presencial proporcionou uma aproximação com as equipes no sentido de fortalecer o trabalho, com presença dos municípios vinculados que avaliam e são o termômetro do nosso trabalho, e o resultado foi bastante positivo. Encontramos equipes preparadas executando um bom trabalho, claro que há dificuldades. Mas acho que o objetivo foi cumprido, identificamos fragilidades no serviço. Esses monitoramentos têm também o objetivo de rever os termos de pactuação com os municípios polos que têm obrigações e contrapartidas a cumprir com o Estado e com o serviço”.
A coordenadora destacou que a estratégia do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) cobra a implantação da regionalização nos Estados, a fim de garantir que todos os usuários tenham em seus municípios essa cobertura. Segundo ela, atualmente na Paraíba não existe um único município sem cobertura ou desassistido pelo serviço do Creas. “Conseguimos, através desse modelo, contemplar e garantir do Litoral ao Sertão que esse serviço chegue a toda Paraíba. E precisamos, como toda política pública, estar reavaliando, reformulando”, disse.
Elaíne Amorim comentou que o Estado vem sendo observado por todo Brasil, como experiência modelo, sendo convidado a se reunir com a Secretaria de Assistência Social de Santa Catarina; com o Estado de Minas Gerais, que já iniciou seu processo de regionalização (no estado existe apenas quatro Creas Regionais, apesar de possuir 853 municípios); e São Paulo. “A Paraíba está sendo convidada a mostrar esse modelo, que está garantindo cobertura total”, afirmou a coordenadora.