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Lar de Acolhimento aos Enfermos Maria Odília Pereira Lins possui três andares, com 66 acomodações

Solidariedade: Padre Zé ganha centro de acolhida

publicado: 06/06/2022 09h01, última modificação: 07/06/2022 08h32
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por Alexsandra Tavares*

Com investimentos de mais de R$ 2 milhões, foi inaugurado na manhã de ontem o Lar de Acolhimento aos Enfermos Maria Odília Pereira Lins, um prédio de três andares que integra as dependências do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, com a missão de atender pacientes do interior. O centro de acolhida possui 66 acomodações, incluindo ambientes adaptados para pessoas com necessidades especiais, e a ideia é receber, mensalmente, 200 pessoas. O centro foi batizado com o nome da mãe do governador João Azevêdo, numa homenagem in memoriam a uma mulher que se doou em prol do voluntariado.

“Há cerca de 30 anos, Maria Odília costurava lençóis e reunia donativos como remédios para o Hospital Padre Zé. Ela foi uma grande voluntária, que dedicou um pouco da sua vida em favor dos pobres. A ela, que já não está mais conosco, nossa gratidão”, declarou o padre Egídio de Carvalho, presidente do Instituto São José/Hospital Padre Zé.

Padre Zé. O Lar de Acolhimento vai receber pacientes vindos do interior da Paraíba que precisam de consultas, exames e outros tipos de assistência. “Toda estrutura do Hospital Padre Zé vai estar à disposição desse paciente. Se houve qualquer tipo de intercorrência, ele vai poder acessar os serviços como consultas especializadas, exames e atendimento ambulatorial”, acrescentou o padre.

Padre Egídio explicou que, às vezes, pacientes de outros hospitais recebem alta e passam dias aguardando o transporte vindo do interior. Enquanto isso, ficam ocupando os leitos que poderiam ser ofertados a outros doentes. Por isso, o Lar de Acolhimento também vai ajudar a otimizar o uso dos leitos nos hospitais públicos.

A construção do prédio teve investimento do Governo do Estado. Ao falar da realização da obra, o governador João Azevêdo afirmou que fazer gestão pública é saber olhar para as diversas faces da sociedade. “E ter esse olhar, significa cuidar. Como dizia Dom Helder: ‘O mais importante da vida é sonhar, mas sonhar e agir, senão o sonho não se realiza’. Nós estamos justamente na função de fazer acontecer. Sempre que encontro alguém com sonhos possíveis e voltados a ajudar pessoas, eu sempre compro essas ideias”.

Emocionada, a irmã do governador, Janete Lins, agradeceu a homenagem à sua mãe. “Quero dizer mamãe, que pelos testemunhos dados, de amor e de vida, que você foi a escolhida para denominar esse lar, verdadeiro viveiro de esperança. Aqui, suas lutas e práticas de vida serão contadas e recontadas”.

O mobiliário do novo prédio foi obtido com a venda de objetos doados pela Receita Federal. Com os donativos, a direção do Padre Zé organizou um grande bazar que rendeu um total de R$ 500 mil, o suficiente para a compra de móveis como camas, sofás, poltronas, mesas, utensílios de cozinha e tudo o que é necessário para equipar um lar.

O superintendente da 4ª Região da Receita Federal, José Honorato, afirmou que algumas vezes a mercadoria apreendida, geralmente pelo não pagamento de tributos, pode ser direcionada para ajudar a sociedade. “Isso nos deixa muito felizes, porque vemos aqui a repercussão do nosso trabalho na sociedade;”

O arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, ressaltou: “Essa Casa de Acolhida tem a mesma expressão do Padre Zé para com os mais necessitados, e é bom quando encontramos ressonância dessa solidariedade nos governantes”.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, esteve presente e parabenizou a todos pela iniciativa. “O acolhimento não tem cor, não tem raça, nem tem fronteira. Quando abrimos a casa para apoiar os que precisam, significa um exemplo de solidariedade e, mais do que isso, é um exemplo de amor ao próximo”.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 5 de junho de 2022