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Transformador faz 1ª parada na PB

publicado: 09/05/2025 10h03, última modificação: 09/05/2025 10h03
Equipamento foi transportado, durante as madrugadas, nos dois primeiros dias de circulação, no estado
2025.05.08 Carreta transformador © Leonardo Ariel (7).JPG

Carreta transformadorVeículos que transportam o equipamento pararam em frente à unidade operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Alhandra, na BR 101 | Foto: Leonardo Ariel - Foto: Leonardo Ariel

por Camila Monteiro*

A primeira parada do transformador de energia eólica em terras paraibanas ocorreu ontem, na unidade operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Alhandra. A pausa inicial no percurso se deu de maneira tranquila. Sem churrasco, nem festa, a peça não foi alvo de muitos curiosos.

Segundo o agente da PRF, Djalma Cavalcanti, o equipamento ficou estacionado no local desde às 6h da manhã. O trajeto rumo à Soledade só foi retomado às 22h, passando por João Pessoa pela alça do viaduto de Oitizeiro. O comboio seguiu na BR-230 no sentido Campina Grande.

As dimensões da via e até a resistência do pavimento são analisados para planejar os locais em que a carreta vai permanecer estacionada. De acordo com o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Francimuller Nascimento, responsável pela Comunicação Social da instituição, “as paradas do comboio são previstas por conta da segurança da via. [É escolhido] um local que tenha uma boa largura, que comporte não só a combinação veicular toda sinalizada, com cones e barreiras, mas, acima de tudo, que não impacte no fluxo da BR 101 e da BR 230 e não deteriore o pavimento, haja vista a combinação ter um peso bastante elevado”, informou. 

O conjunto de carretas que leva o transformador possui 113 m de extensão e tem um peso bruto de 600 toneladas. Por isso, o comboio precisa se locomover em uma velocidade máximo de 7km/h. Nesse sentido,  realizar a escolta durante esse percurso possui alguns obstáculos. De acordo com Francimuller, “os maiores desafios são o impacto gerado no trânsito e, acima de tudo, a gente manter a segurança, não só da carga, mas, principalmente dos usuários. Muitas vezes, tem curiosos pelo caminho. Então o desafio principal é mantermos toda uma logística que se converta em máxima segurança, da carga, e principalmente, dos usuários”, pontuou.

Para tentar diminuir o impacto desse transporte, a PRF necessita realizar um planejamento do percurso com bastante antecedência. “A Polícia Rodoviária precisa mobilizar vários policiais, viaturas, equipamentos, e, inclusive, em horários não muito usuais, pois o trajeto acontece de madrugada. O trabalho de escolta requer bastante planejamento e antecipação”, frisou o agente da PRF.

Percurso

O trajeto do segundo transformador de energia eólica em terras paraibanas teve início nesta quarta-feira (7), às 22h, no município de Caaporã. O maquinário saiu do Porto de Suape, em Pernambuco, e segue para o Complexo Eólico Serra da Palmeira, na Paraíba. Ao todo, o comboio vai percorrer cerca de 380 Km.

Conforme explicou Francimuller, o planejamento realizado para o transporte do equipamento na Paraíba foi feito de maneira que, durante os dois primeiros dias, o fluxo ocorra apenas nas madrugadas, com paradas estratégicas. “Como é um veículo muito grande, pesado e com vários veículos de apoio, o trânsito é bastante lento, e influencia muito no fluxo das rodovias por onde passa”, comentou.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de maio de 2025