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Afeganistão diz que bomba dos EUA matou 36 membros do Estado Islâmico

publicado: 15/04/2017 10h36, última modificação: 15/04/2017 10h36
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Donald Trump reuniu-se com militares na Casa Branca para analisar efeitos da bomba - Foto: Gage Skidmore/Flickr

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Lendra Felipe
- Da Agência Brasil

O governo do Afeganistão confirmou ontem (14) que pelo menos 36 integrantes do Estado Islâmico (EI) morreram devido ao lançamento na quinta-feira (13) de uma bomba pelo exército dos Estados Unidos. Ela atingiu estruturas controladas por um grupo extremista na província de Nangarhar, fronteira afegã com o Paquistão. A imprensa norte-americana exibiu ontem análises sobre o ataque.

Para alguns analistas, o ataque no Afeganistão pode ter ajudado o presidente Donald Trump a demonstrar à Coréia do Norte o poder militar norte-americano. Mas o efeito divide opiniões na imprensa.

O jornal USA Today publicou uma análise em que diz que, no curto prazo, o lançamento da bomba no Afeganistão e o ataque à Síria podem ajudar na popularidade de Trump. Entretanto, o artigo conclui que é impossível prever como Trump reagiria caso as tensões aumentassem tanto na Síria quanto na Coréia do Norte.

Trump reúne-se com militares do Pentágono

Não houve registro de civis atingidos pelo ataque da Moag Gbu-43 – o mais potente artefato de guerra não nuclear dos Estados Unidos. Trump repercutiu a missão nesta quinta-feira, ao lado de militares do Pentágono, na Casa Branca. Ele disse que o recado sobre o alcance militar dos Estados Unidos está claro. Quando questionado sobre a Coréia do Norte, ele disse que “todo mundo sabe que nós podemos resolver isso”.

O jornal Washington Post repercute a opinião da Coréia do Norte sobre os tweets de Donald Trump.  E afirma que o governo norte-coreano acusou Trump de “criar problemas” com suas opiniões “agressivas” na rede social.

A Coréia do Norte celebra hoje (15) as comemorações do 105º aniversário de nascimento do fundador do regime, Kim II Sung. Pyongyang convidou cerca de duas centenas de jornalistas estrangeiros e promete realizar desfile militar. Ao mesmo tempo, deixa no ar se fará ou não novos testes com armamentos nucleares.

Bomba que carregava 11 toneladas de explosivos

Em outra análise, o canal de televisão CNN afirma que a bomba que carregava 11 toneladas de explosivos foi escolhida agora não somente para atingir o alvo (o grupo extremista) de forma precisa, ou para mandar recados aos adversários.

A rede destaca que o conflito no Afeganistão está em seu ponto mais crítico. No país, o grupo talibã ainda controla um terço da população e a guerra na região encontra-se em um ponto de estagnação.

Terminar a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão é uma tarefa que precisa ser concluída. O ex-presidente Barack Obama não concluiu a tarefa e ainda há cerca de 9 mil soldados do exército dos Estados Unidos em território afegão.