Os apicultores da região de Itabaiana iniciaram a coleta de mel, depois de sete anos de estiagem. A previsão é de que eles comercializem pelo menos 15 toneladas do produto, até o fim do ano.
Organizados na associação localizada em Salgado de São Félix, que contempla apicultores de outros municípios, a atividade ganhou impulso a partir da assistência técnica da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Sedap, há mais de uma década, e com recursos recebidos do Governo do Estado, por meio do Cooperar, para a construção da casa de armazenamento do mel.
“O período de sete anos de estiagens devastou quase por completo a vegetação, reduzindo a produção de mel. Mesmo assim, os apicultores continuaram se organizando, recuperando a vegetação e, com os invernos regulares nos últimos dois anos, a coleta é resultado da recuperação”, comemora o presidente da Associação de Apicultores de Salgado de São Félix, Virgínio Félix Alves Filho.
Desde quando decidiram se organizar em associação, os apicultores ampliaram o número de colmeias instaladas e adquiriram novos equipamentos com recursos do Banco do Nordeste, aperfeiçoando suas atividades com a participação de cursos e treinamentos oferecidos pela Empaer.
O atendimento aos apicultores é realizado pelos extensionistas José Wilson e Lucio Fábio, com acompanhamento do gerente regional Paulo Emilio de Sousa.
O presidente da Empaer, Nivaldo Magalhães, reconhece que a apicultura, aproveitando a potencialidade natural do meio ambiente e sua capacidade produtiva, é uma das grandes opções para a agricultura familiar por proporcionar a geração de emprego e o aumento de renda.
O mel produzido na Associação de Apicultores de Salgado de São Félix é destinado ao mercado da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Eles projetam que em breve, com o inverno regular, possam repetir os resultados dos anos de 2010 e 2011, quando produziram 70 toneladas.
Virgínio Félix é um dos agricultores que há mais tempo produz o mel na comunidade Dois Riachos. Recorda que o incentivo para criar abelhas foi de um grupo de missionários que, ao visitar a localidade, no fim da década de 1980, deixou uma centrífuga e duas colmeias. Esse foi o material suficiente para ele começasse a produção de mel. De lá para cá, nunca mais parou.