Do Portal UOL
Palestinos tomaram nesta quinta-feira (7) as ruas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em protesto à decisão do presidente dos EUA Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Há relatos de confrontos com as forças de segurança de Israel em diversos pontos da Cisjordânia e em trechos da fronteira de Gaza com Israel. Autoridades falam em dezenas de feridos. Segundo o Crescente Vermelho, pelo menos 51 pessoas ficaram feridas nos vários protestos.
Em um ponto de checagem próximo a Ramallah, forças israelenses lançaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral contra centenas de manifestantes. Eles, por sua vez, colocaram fogo em pneus e lançaram pedras contra os soldados. Há relatos de feridos dos dois lados. Nas cidades de Hebron e Al-Bireh, na Cisjordânia, milhares de manifestantes protestaram aos brados de “Jerusalém é a capital do estado da Palestina”, disseram testemunhas. Alguns palestinos atiraram pedras nos soldados.
Na faixa de Gaza, segundo o Exército israelense, várias bombas foram lançadas contra um posto militar. Em represália, “tanques do Exército e aviões da Força Aérea de Israel atacaram quatro postos militares do Hamas no norte da faixa de Gaza”, disse o escritório de imprensa das Forças Armadas israelenses em comunicado. O Exército responsabiliza o Hamas por “qualquer atividade hostil perpetrada contra Israel desde a faixa de Gaza”. Por enquanto, nenhum grupo armado palestino da faixa reivindicou a autoria do ataque.
Ainda na Faixa de Gaza, dezenas de manifestantes se reuniram perto da cerca da fronteira com Israel e atiraram pedras contra soldados do lado oposto. Dois deles foram feridos por munição letal e um está em estado grave, segundo médicos.Lojas e escolas não estão fechadas nesta quinta-feira na Cisjordânia. Os palestinos em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental estão monitorando a greve geral convocada em rejeição à decisão de Trump.
As facções islâmicas e laicas palestinas em Gaza convocaram nesta quinta-feira a greve geral e manifestações ao meio-dia para protestar contra o anúncio do presidente Trump, onde reconhece Jerusalém como a capital de Israel, segundo informaram em comunicado conjunto. O ministro da Educação da Palestina, Sabri Saidam, respondeu à convocação decretando nesta sexta-feira (8) o fechamento das escolas, e pediu para que professores e estudantes participassem das manifestações previstas na Cisjordânia, faixa de Gaza e zonas palestinas de Jerusalém.