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Argentina investiga explosão antes do sumiço de submarino

publicado: 23/11/2017 20h05, última modificação: 23/11/2017 20h04
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A embarcação desapareceu no último dia 15 com 44 pessoas a bordo e megaoperação realiza buscas para localiza-la - Foto: Reprodução/Internet

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Mônica Yanakiew

Da Agência Brasil

O porta-voz da Marinha Argentina, capitão de navio Enrique Balbi, afirmou nesta quinta-feira (23) que recebeu a comunicação de que “houve um evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear, consistente com uma explosão” horas após a desaparição do submarino ARA San Juan e na mesma região em que ele se encontrava. O submarino desapareceu no último dia 15, com 44 pessoas a bordo. Uma megaoperação internacional continua buscando a embarcação, que manteve seu ultimo contato há oito dias. Mas as esperanças de encontrar alguém com vida são menores.

Na quarta-feira (22) à noite, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou que uma “anomalia hidroacústica” tinha sido registrada três horas após o submarino ARA San Jose ter se comunicado com a base, pela última vez, às 7h30 de quarta-feira da semana passada (15). Navios e aviões foram enviados para investigar a origem do barulho, 30 milhas ao norte do local onde o submarino estava.

Itati Leguizamon, esposa de um dos tripulantes, recebeu a noticia com raiva e indignação. “Estão quebrando tudo lá dentro”, disse, referindo-se ao local onde estavam reunidos os parentes dos 43 homens e a mulher que embarcaram no submarino. Ela criticou a falta de investimento público nas Forças Armadas e na renovação de equipamento. O submarino ARA San Juan foi construído na Alemanha em 1980 e recondicionado em 2014.

Segundo Balbi, essa informação só pode ser liberada oito dias apos o ruído ter sido produzido porque estavam comparando informações. Encontrar submarinos é difícil, porque são construídos para não serem detectados, e o mar não é um lugar silencioso, o que dificulta a busca – feita com sonares e radares.