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Catalunha inicia preparação de independência e crise se agrava

publicado: 05/10/2017 00h05, última modificação: 05/10/2017 01h19
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O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, comparecerá ao Parlamento para avaliar os resultados do referendo proibido - Foto: Reprodução/Internet

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Da AFP

Os partidos separatistas da Catalunha preparavam ontem os últimos passos para a declaração unilateral de independência, provocando chamados ao diálogo da Comissão Europeia e uma forte queda da Bolsa de Madri.

Na próxima segunda-feira, o presidente regional, Carles Puigdemont, deve comparecer perante o Parlamento catalão para avaliar os resultados do referendo proibido de 1º de outubro. “Em função do desenvolvimento da reunião, poderia ocorrer a declaração de independência”, explicou à AFP uma fonte do governo regional.

A escalada da crise entre Madri e Barcelona gera inquietação no continente e, pela primeira vez, a Eurocâmara debateu a respeito.

“Chegou o momento de dialogar, de encontrar uma saída a esta situação, de trabalhar dentro da ordem constitucional da Espanha”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

Mas os eurodeputados dos principais grupos também pediram às autoridades catalãs que evitem uma declaração de independência que, na opinião do porta-voz dos social-democratas Gianni Pittella, “colocaria mais lenha na fogueira”.

As posições entre Barcelona e o governo central de Mariano Rajoy se distanciam cada dia mais depois da votação de domingo na Catalunha, marcada pela violência policial ao tentar impedi-la, e ninguém quer ceder.

Puigdemont pediu uma mediação internacional para solucionar uma das piores crises nas últimas décadas na Espanha.

Até agora, somente o presidente regional basco, o nacionalista Íñigo Urkullu, se ofereceu publicamente à Comissão Europeia para interceder entre ambas as partes, segundo um comunicado de seu partido PNV.