Feliphe Rojas - Especial para A União
Manifestação contra o presidente interino Michel Temer levou cinco mil pessoas (número fornecido pelos organizadores do evento) às ruas na tarde de ontem, na cidade de João Pessoa. O ato fez parte de uma jornada nacional de lutas, organizada pela Frente Brasil Popular. Denominada “Fora Temer”, a passeata seguiu o caminho tradicional de outras manifestações: após a concentração em frente ao Colégio Lyceu Paraibano, os participantes seguiram até o Ponto de Cem Réis.
Participaram - além de membros de centrais sindicais, militantes de partidos de esquerda, estudantes universitários e secundaristas, índios tabajaras e movimentos sociais - lideranças políticas em nível estadual. Um deles foi o deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Couto. “Ele é um golpista que traiu para tirar nossa presidenta que não tem nenhum crime praticado e agora tenta desmanchar tudo o que foi feito durante o governo Lula e o governo Dilma. Então nós queremos que seja reconhecida e reconquistada a decisão do povo brasileiro que, com 54 milhões de votos, definiram que ela é presidente. Ela tem que terminar o seu mandato e, se eles quiserem serem candidatos e ganhar a eleição, que busquem o voto do povo”, afirmou.
Munidos de faixas, cartazes, bandeiras e auto-falantes, os manifestantes contaram com o apoio logístico de vários carros de som que reproduziam gritos de guerra e músicas entoadas por líderes de movimentos sociais. Marcharam também representantes da classe artística e cultural da cidade, a exemplo do cantor Totonho. “Eu acho que os artistas, por terem uma representatividade diante de públicos grandes, têm uma responsabilidade muito grande no sentido de dar algo a sociedade. Por isso que é importante a gente levantar a bunda do sofá e vir para as ruas, para a zona de desconforto que se tornou o país nos últimos tempos”, comentou.
Outro representante político presente na manifestação de ontem foi o vereador petista Fuba, que considerou que a melhor solução para o País seria um plebiscito para consultar a opinião do povo sobre novas eleições. “Eu defendo que, se for o caso, se a presidenta voltar, não vai conseguir governar por conta do Congresso. Então que se faça um plebiscito para convocar eleições, não para presidente, mas eleições gerais, para que mude também os deputados e senadores”, argumentou.