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Coreia do Norte aceita reabrir linha de comunicação com Seul

publicado: 03/01/2018 19h05, última modificação: 03/01/2018 19h43
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O ditador Kim Jong-un resolveu retomar o diálogo com a Coreia do Sul - Foto: Reprodução/Internet

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Da Agência EFE
 

O governo da Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (3) que reabrirá as linhas suspensas de comunicação com a Coreia do Sul, como parte da vontade de retomar o diálogo expressado pelo presidente Kim Jong-un, em sua mensagem de Ano Novo. Pyongyang voltou a utilizar a linha telefônica intercoreana ontem, a partir das 15h (horário local, 4h30 de Brasília), segundo a rádio estatal da Coreia do Norte. O anúncio ocorre no dia seguinte da proposta de Seul para que houvesse uma reunião de alto nível na próxima terça-feira (9), para tratar da possível participação de Pyongyang nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, como foi destacado por Kim Jong-un em seu discurso no primeiro dia do ano.

“Ratificando a vontade de nosso líder, manteremos um contato estreito e sincero”, disse Ri Son-gwon, que dirige a agência encarregada de administrar assuntos intercoreanos em Pyongyang. “Vamos realizar conversas de trabalho sobre o potencial envio pela nossa parte de uma delegação” aos Jogos de Inverno, que acontecerão entre os dias 9 e 25 de fevereiro. No entanto, Ri não deixou claro que a Coreia do Norte aceitará ou não a oferta de manter uma reunião de alto nível na próxima terça-feira ou se as conversações se limitarão à linha de comunicação telefônica instalada na fronteira, que está sem operar há quase dois anos e era o único canal entre as duas nações.

Em Seul, Yoon Young-chan, porta-voz do presidente Moon Jae-in, comemorou a notícia. “Eu acho que o (anúncio) mostra um avanço para uma situação em que a comunicação (entre os dois países) seja possível em todos os momentos”, disse em um breve comunicado. Caso aconteça, seria o primeiro encontro deste tipo em mais de dois anos entre os dois países, que estiveram em guerra há mais de 65 anos, e chegaria após um ano de especial tensão pelas insistentes provas armamentísticas de Pyongyang.