A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a jornalista Pâmela Bório ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A denúncia poderá ser aceita ou não pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, para a abertura de processo penal.
A PGR denunciou a jornalista pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Para a PGR, há provas suficientes de participação nos atos violentos realizados em Brasília.
“A denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam, causando a totalidade dos danos descritos pelo relatório preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, afirma o procurador-geral, Paulo Gonet.
Em nota enviada ao Jornal A União, o advogado de Pâmela Bório, Hélio Junior, disse que a jornalista estava em Brasília de férias e aproveitou para cobrir o evento que seria de três dias no acampamento. “Ela estava ali como profissional e, por isso, o seu filho não estava com ela, ele estava com os tios passeando em um shopping”, alegou a defesa. No entanto, em imagens publicadas nas redes sociais pela própria Pâmela, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, é possível ver o menino ao lado dela.
“Estamos muito tranquilos, pois ela não invadiu nenhum prédio público, sequer incentivou ou viu alguma invasão ou quebradeira. Ela estava apenas na área externa fazendo cobertura jornalística e dando opinião como jornalista de opinião política que tem sido há anos. Lá continuaram de férias por mais duas semanas”, sustentou a defesa de Pâmela Bório.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de junho de 2024.