O diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Fernandes, reiterou, na tarde de ontem, o compromisso com a transparência e a responsabilidade do Estado em relação à capacidade e à segurança dos seus reservatórios, em especial em Campina Grande, onde ocorreu o rompimento do reservatório R5, no dia 8 de novembro.
A declaração veio em contraponto ao movimento de um grupo de vereadores de Campina Grande, que tentou realizar uma vistoria no reservatório R9, no bairro de Santa Rosa, mas foi impedido de entrar por questões de segurança.
Segundo o diretor-presidente, para que pudessem realizar a vistoria, o grupo deveria ter feito comunicação prévia, solicitando autorização para a visita e informando o motivo. “Não é permitida a entrada de pessoas estranhas em qualquer unidade da Cagepa na Paraíba. Tem que estar agendado, organizado e informado para que vai ser feita a vistoria. É assim que garantimos a segurança da água que é distribuída não só à população de Campina Grande, mas de todo o estado da Paraíba”, explicou Marcus Fernandes.
“Voltamos a reafirmar o compromisso da Cagepa e do Governo do Estado com a transparência, organização e responsabilidade de operar um sistema e de trazer para Campina Grande toda a estrutura necessária para que seu povo possa se desenvolver e garantir a qualidade de vida de sua população”, acrescentou.
Contrarresposta
Em relação ao impedimento da entrada de parlamentares na estação do R9, a Câmara Municipal de Campina Grande emitiu nota oficial. O texto enfatiza três pontos que, supostamente, embasariam a atividade. O primeiro indica que água e esgoto são serviços públicos municipais, segundo a Constituição Federal, cabendo ao Município organizar e fiscalizar. O segundo informa que o contrato de serviço obriga o Município a fiscalizar a empresa. Por último, destaca que, diante do caso do rompimento recente do reservatório, esse tipo de fiscalização se tornaria ainda mais necessária.
“O Poder Legislativo reafirma seu compromisso de atuar de forma firme, responsável e transparente, sempre em defesa da vida, da segurança e do interesse público”, finaliza a nota.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 27 de novembro de 2025.