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Reabertura do parlatório da ALPB reúne seis mil pessoas em audiência sobre a Previdência

publicado: 18/02/2017 00h05, última modificação: 18/02/2017 08h55
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O parlatório da Assembleia passa, a partir de agora, a servir de apoio a manifestações que acontecerem na Praça dos Três Poderes - Foto: Assessoria/ALPB

tags: assembleia legislativa da paraíba , gervásio maia , audiência pública , reforma da previdência , estela bezerra


O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado estadual Gervásio Maia, reabriu, na manhã desta sexta-feira (17), o Parlatório do Povo Deputado Tota Agra durante sessão Especial que contou com uma Audiência Pública que discutiu a Reforma da Previdência. Cerca de seis mil pessoas acompanharam a discussão sobre o tema numa plateia formada, em sua esmagadora maioria, por trabalhadores rurais.

Para Gervásio, a Assembleia Legislativa faz história e devolve ao povo um espaço para o exercício da democracia participativa. “A abertura do parlatório vai devolver ao povo um espaço que sempre foi seu”, ressaltou o presidente.

Gervásio ressaltou ainda que sindicatos, associações, representações de entidades estudantis e ONGs farão uso do Parlatório para dar voz às suas reivindicações. “O objetivo é transformar este espaço em um palco dos grande debates democráticos de nossa Paraíba”, afirmou.

A Sessão Especial discutiu a Reforma da Previdência, em uma propositura da deputada Estela Bezerra e do deputado Jeová Campos.

Estela Bezerra falou sobre o impacto da Reforma para os trabalhadores rurais.”Nossos companheiros têm um rendimento sazonal, durante 5 meses no ano. Dessa forma, esse trabalhador, por contribuir de cinco em cinco meses por ano, levaria ‘duas existências’ para chegar a contribuir com o tempo de serviço. A Reforma Previdenciária impacta na vida de todo trabalhador, principalmente dos trabalhadores jovens, pois terão que contribuir por 49 anos para entrar em processo de aposentadoria”, esclareceu Estela.

Já o deputado Jeová Campos parabenizou Gervásio pela iniciativa de reabrir o Parlatório, pois, segundo ele, a casa dá vez e voz ao povo com esta ação. “Presidente, sua iniciativa é brilhante. Demonstra que esta Casa não estará de costas viradas para quem efetivamente é razão da existência dela que são os cidadãos e as cidadãs da Paraíba”, declarou o deputado.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, disse que a Reforma da Previdência prejudica a todos os brasileiros, mas vai retirar os trabalhadores rurais do sistema de previdência. “Não sei o que o presidente tem contra quem trabalha na roça. Ele quer desmanchar uma luta que durou vários anos. Não queremos um direito a menos dos trabalhadores, que já pagam uma taxa para custear a despesa de previdência. Enquanto isso, o presidente perdoa débitos de grandes empresas e ficamos sabendo que não há débitos da previdência”, salientou Liberalino.

A audiência contou com a presença da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba, Central Única dos Trabalhadores, Frente Brasil Sem Medo, Sindicato dos Metalúrgicos, Movimento de Mulheres, Movimento Sem Terra, Sindicato dos Comerciários, Federação das Associações de Municípios da Paraíba, secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outras associações e entidades de classe.

A Sessão Especial também com a presença dos deputados Anísio Maia (PT), Branco Mendes (PEN), Bosco Carneiro (PSL), Caio Roberto (PR), Guilherme Almeida (PSC), Nabor Wanderley (PMDB), Trócoli Júnior (PROS), Edmilson Soares (PSB), Lindolfo Pires (PROS), João Henrique (DEM), além de vereadores e lideranças.

Movimentos sociais estreiam e aprovam Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba, Liberalino Ferreira (à esquerda), o parlatório dará voz a população mais humilde do Estado

Lideranças e movimentos sociais ressaltaram o compromisso do Presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado estadual Gervásio Maia, de reinaugurar o Parlatório Deputado Tota Agra para uso das demandas e reivindicações da população paraibana. Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, o Parlatório dará voz à população mais humilde. “Eu não tenho dúvida do grande marco que foi realizado aqui, hoje, nesta Casa. A partir de agora, todos os movimentos sociais vão acompanhar os temas que serão pautados pela população no uso da tribuna, alcançando um volume muito maior de pessoas, o que antes não era possível”, destacou.

Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Estado da Paraíba (CUT-PB), Paulo Marcelo, parabenizou a iniciativa e afirmou que a tribuna representa um avanço significativo para as manifestações populares. “O presidente da Assembleia Legislativa marcou um grande gol que é abrir a casa para o povo expressar o sentimento e fazer as reivindicações. Antes, até para entrarmos na frente da Assembleia com o carro de som era complicado. Hoje, se enviarmos um documento informando que mais adiante será realizado um movimento, a Casa estará aberta para isso”, comemorou.

A secretária das Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, destacou o caráter democrático do Parlatório que enaltece a luta contra as injustiças. “É muito importante reinaugurar esse espaço na Assembleia Legislativa, uma vez que é conhecida pelo nome de “Casa do Povo”, principalmente porque é um momento marcado por uma mobilização dos trabalhadores rurais. Portanto, é simbólico para nós e desejo que os outros trabalhadores deste estado possam também vir para cá, todos os dias, para fazer uso do Parlatório”, ressaltou.

Segundo o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Charliton Machado, a Assembleia cumpre o papel de servir aos interesses da população, abrindo espaço para os trabalhadores da Paraíba. “É muito importante ter um espaço aberto para que os movimentos, neste instante de retirada de direitos e de conflitos contra os interesses históricos dos trabalhadores”, finalizou Charliton.