A disputa pela sucessão na presidência da Câmara de Deputados teve, ontem, uma reviravolta com a desistência do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira. Com a saída da disputa, ele indicou o deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos).
Motta é visto como favorito por se apresentar como uma alternativa de consenso entre o Planalto e o Legislativo, já que mantém diálogo tanto com o deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, como também com o presidente Lula. A disputa na Câmara ainda segue incerta com outros dois nomes, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e o deputado Antonio Brito (PSD-BA). Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa informou que não irá se pronunciar até a decisão do deputado.
A indicação para presidência da Câmara também mexe com as articulações para o pleito de 2026, já que Motta era cotado para disputar uma vaga no Senado. O governador João Azêvedo declarou, ontem, em entrevista à Rádio Panorâmica FM, entusiasmo com a indicação de Motta para presidência da Casa, por se apresentar como consenso na disputa. O governador acrescentou que “isso tem um impacto em 2026. Hugo está no processo, digo está, porque não sei quando ele vai assumir ou se vai assumir. Isso é uma discussão ainda, mas acontecendo, vamos sentar e ver como vamos fazer”.
Com 34 anos, o deputado Hugo Motta entrou na Câmara de Deputados em 2010, com 21 anos, idade mínima para exercer o mandato de deputado federal, com 86.150 votos. Atualmente, está em seu quarto mandato como deputado federal. Líder do Republicanos, o deputado vem de uma família de políticos. Seu pai, Nabor Wanderley, é o atual prefeito do município de Patos (PB), e candidato à reeleição nas eleições deste ano. A cidade já foi gerida pela avó materna do deputado, Francisca Motta, e por seu avô paterno. Edivaldo Fernandes Motta, o avô materno do deputado, foi deputado estadual e federal.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de setembro de 2024.